Amanda
Nunca pensei que amar alguém doeria tanto, como uma romântica incurável e escritora de romances sempre acreditei no amor, achava que os obstáculos poderiam ser facilmente vencidos em nome desse sentimento, mas estava enganada.
Ontem quando me entreguei para Mateo de novo senti que estava em casa mais uma vez, consegui reconhecer o homem por quem me apaixonei a anos atrás. Estava disposta a reconsiderar tudo em nome desse sentimento avassalador que sinto por ele, mas tudo não passou de um sonho. A forma que me desprezou reabriu o buraco que custei a cicatrizar anos atrás, a ferida vívida foi dilacerada mais uma vez e agora meu peito sangra.
Acordei com o corpo dolorido, tentei me espreguiçar e notei que minhas mãos ainda estavam amarradas, além do meu pé preso na cama. Aquilo me entristeceu ainda mais, por um momento pensei que estivesse tendo um pesadelo.
Levantei o rosto com dificuldade, a porta estava fechada e Mateo me encarava com expectativa, seus olhos azuis não refletiam nenhuma emoção.
- Pensei que dormiria o dia inteiro, tenho coisas para resolver, não posso perder todo meu tempo aqui com você. - falou rispidamente.
Permaneci calada, não ia ceder a provocação, mesmo assim continuou.
- Preciso de algumas respostas e estou disposto a te torturar para tê-las, então imploro que não dificulte as coisas.
Continuei encarando seu rosto em silêncio, ele usava uma camisa social branca entreaberta, pude ver alguns relevos perfeitos do seu peitoral,os cabelos úmidos e levemente penteados, os braços cruzados passavam um ar ameaçador, eu não devia ter achado aquilo tão sexy, mas infelizmente achei. Meus olhos percorreram por todo seu corpo, mesmo me tratando com desprezo eu ainda o desejava e me senti fraca por isso, como permaneci calada, ele deu uma risada sarcástica que fez meu corpo estremecer.
- Você não vai responder as minhas perguntas? - disse num tom baixo como se quisesse me amedrontar.
Juntei toda a coragem que ainda me restava e falei:
- Tenho direito de permanecer calada.
- Pois bem, teremos que fazer do jeito difícil então. - ele sorriu.
Aproximou- se de mim, puxou meu cabelo para trás com força me fazendo olhar diretamente em seus olhos.
- Acabou a benevolência Amanda Gonzalez...Ficará amarrada aqui, sem água e sem comida até que decida responder meu interrogatório.
- Talvez seja melhor morrer assim. - provoquei.
Ele se levantou e saiu me deixando perturbada, estava de novo na estaca zero.
Precisava de um plano, mas dessa vez não poderia ter falhas. Analisei as cordas que me amarravam, talvez com um pouco de habilidade conseguiria me soltar.
Comecei a esfregar uma mão na outra e notei que o nó se desfazia aos poucos, o corda machucava meu pulso mas não me importei, dei continuidade ao trabalho e pouco tempo depois minhas mãos estavam libertas.
Peguei a corda que amarrava meu pé e desfiz a amarração, que alívio. Assim que finalizei o serviço, a porta do quarto foi aberta. Que droga! Eu não ganhava uma. Merdaaaaaaaaa!
Tadinha da Amanda gente ela não ganha uma? E aí? O que acham que vai acontecer com ela? Me contem nos comentários e até o próximo capítulo.
Beijos dessa autora ☺️
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Encontro Fatal
RomanceUma romancista falida começa a desacreditar do amor quando seus livros são um fracasso.Ela não se conforma que as pessoas prefiram noites vazias ao lado de qualquer um ao invés de lutarem por seus relacionamentos, mesmo tendo sofrido uma decepção am...