A derrota...

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Mateo

Eu não queria acreditar, minha Amanda não podia ser uma traidora, quando o desgraçado a beijou meu sangue ferveu, as lágrimas rolaram por meu rosto e me senti um fraco, definitivamente meu pai tinha razão, o amor não servia pra nada. Num ato impensado saquei a arma da minha cintura e mirei diretamente em seu coração, era só apertar o gatilho, apenas uma bala e tudo estaria resolvido, lavaria minha honra com o sangue da mulher que amo.

- Atira? Atira logo e termina com isso, mostre para todos aqui que Mateo Ferraz não é um fracassado. Me mate, não é essa a punição para os traidores? - ela provocou.

Minhas mãos tremiam, não seja covarde, Mateo? Atira logo, eu falava pra mim mesmo em meus pensamentos, todos assistiam a cena em expectativa aguardando um desfecho, mas se eu a matasse ali, provavelmente também seria morto, Lucas não me deixaria sair vivo, além do remorso que me consumiria depois por ter matado a única mulher que realmente amei, continuava encarando seus lindos olhos verdes com o revólver posicionado em seu peito, não pude deixar de notar o quão linda ela estava naquele vestido vermelho e como seus olhos transpareciam um sofrimento inexplicável, como o covarde que sou, abaixei a arma , peguei uma garrafa de uísque e fui embora assinando meu fracasso.

Assim que entrei em meu carro chorei feito uma criança machucada, não devia ter poupado a vida daquela vadia traidora, nem nos meus piores pesadelos imaginei que Amanda seria cúmplice daquele desgraçado. As lembranças dos nossos últimos momentos estavam cravados na minha alma e se repetiam em minha mente como se fossem um filme, me negava a acreditar que tudo foi mentira, os beijos, as declarações, as noites de amor, tudo fruto de um plano para me destruir.

Dei partida e dirigi feito um louco rumo a boate, minha cara devia estar péssima quando entrei, o local ainda estava lotado, avistei a linda mulher de lingerie rosa, me aproximei, colei meu corpo no seu e comecei a beija-la ali mesmo no salão, quando nossas línguas se encontraram e seu cheiro adocicado tomou conta dos meus sentidos só consegui lembrar de Amanda, eu precisava de mais, me afastei um pouco e Patrícia me encarou sem entender, a puxei pelo cabelo e comecei a arrasta-la escada acima.

- Me solta Mateo? Você está se comportando como o Lucas.

Aquelas palavras fizeram meu coração doer, mesmo assim mantive a postura.

- Infelizmente percebi que são de homens como ele que vocês gostam. - falei a contragosto - Quero seus serviços imediatamente. - exigi.

- Não posso, fui arrematada pelo senhor Ribeiro, tenho que cumprir meu dever.

- Seu dever hoje é na minha cama, fodas o Ribeiro, venha logo.

Assim que chegamos ao andar de cima, abri a porta do loft e comecei a beijá-la, eu precisava esquecer Amanda, tirar o gosto dela da minha alma e expulsá-la do meu coração, Patrícia não retribuiu minhas investidas, quando comecei a tirar seu sutiã ela me empurrou pra longe e fincou seus olhos em mim:

- Cadê a Amanda? - quis saber.

- Não fala o nome dessa desgraçada aqui dentro. Aquela mulher é uma puta traidora, ela me usou para ajudar o pai e o Matarazzo. - solucei.

- Como assim? - perguntou incrédula.

- É isso que ouviu, fui um fantoche e pra piorar tive a chance de matá-la e não o fiz, escolhi o gosto amargo da traição ao invés de viver com a culpa por ter matado a mulher da minha vida.

Patrícia me olhava parecendo assimilar as informações, notei que ela tentava juntar as coisas, eu mesmo não conseguia acreditar naquilo e olha que a verdade foi jogada sobre mim sem dó nem piedade.

- Mateo? - ela chamou- Tem alguma coisa errada, Amanda te ama, tenho absoluta certeza disso. Ela te olha como eu te olho e como sabe sou extremamente apaixonada por você.

- Desde quando é psicóloga Paty? E desde quando você me renega na cama? Pensei que gostasse do nosso sexo.

- Eu gosto, mas me nego a ser seu prêmio de consolação, não vou me deitar com você- ela disse caminhando rumo a saída.

- Mas é seu serviço porra! - gritei - e sou seu chefe, é uma ordem, tire a roupa.

- Desculpa patrão, vai ter que chamar outra. Você vai transar comigo e amanhã se arrependerá, tem algo errado nessa história, te aconselho a investigar por qual motivo ela fez isso. Tenho absoluta certeza que Amanda te ama. Agora, se me der licença tenho que ir, preciso do dinheiro do leilão, se cuida. - ela disse beijando minha bochecha e saiu fechando a porta do loft.

Eu definitivamente não tinha mais moral, levando fora de uma puta? Cheguei ao fundo do poço e não sabia se conseguiria me reerguer , ali, sozinho acompanhado apenas por uma garrafa de uísque, percebi que meu pior erro foi amar demais.

Eu definitivamente não tinha mais moral, levando fora de uma puta? Cheguei ao fundo do poço e não sabia se conseguiria me reerguer , ali, sozinho acompanhado apenas por uma garrafa de uísque, percebi que meu pior erro foi amar demais

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Bom dia queridos leitores, espero que esteja gostando da história, Mateo só se lasca coitado. Aguardem os próximos capítulos emocionantes desse amor proibido...

Beijo 😘😘

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