Uma romancista falida começa a desacreditar do amor quando seus livros são um fracasso.Ela não se conforma que as pessoas prefiram noites vazias ao lado de qualquer um ao invés de lutarem por seus relacionamentos, mesmo tendo sofrido uma decepção am...
Passar a noite do lado do Mateo foi incrível, pena que tenha sido a última, não posso ceder aos meus desejos e colocar todo plano em risco. Ele dormia profundamente quando me levantei, troquei de roupa e saí sem olhar pra trás,meu coração murchou assim que fechei a porta do loft. Naquele momento, tive a certeza que era o adeus.
Desci as escadas em silêncio, não queria encontrar ninguém, o sol tinha acabado de nascer, dando início a um novo dia. Eu teria que enfrentar meus problemas e contar para papai que matei o filho de seu aliado. Continuei descendo as escadas e para minha infelicidade dei de cara com a Patrícia:
- Olha só quem voltou. - ela disse me lançando um sorriso amigável.
Eu não falei nada, apenas a puxei para um abraço e chorei em seu ombro. A pobre moça não entendeu nada, continuei chorando por um tempo antes de tomar coragem para dizer:
-Cuida dele por mim, pois não vou mais voltar.
Não dei chance de ela responder, saí correndo rumo a porta deixando meu coração pra trás.
Entrei no meu carro e desabei, a vida era muito injusta, dei partido no veículo rumo a mansão Gonzalez, estava tão atordoada que nem vi quando atravessei os imensos portões, peguei minhas chaves e entrei, Raul Gonzalez se encontrava na sala vestindo um terno elegante, como se soubesse dos meus pecados ele me encarou, sustentei o olhar tremendo de medo.
- Ontem naquele maldito jantar eu humilhei o Mateo e destruí qualquer sentimento que ele posso sentir por mim, pode-se orgulhar papai.
- Cumpriu seu papel como uma legítima Gonzalez, para logo depois se acovardar e correr atrás do desgraçado assim como uma Ruiz. Você tem muito mais coisas de sua mãe do que sua maldita aparência. - ele gritou.
- Não vai se repetir, tem minha palavra.
- Espero que não, já me causou problemas demais, o Lucas me disse que você matou o filho do Salazar, agora estou lutando para não começarmos uma guerra, por sorte meu braço direito deu um jeito no cadáver enquanto você se entregava à luxúria.
- Eu vou resolver. - suspirei exaurida tentando acreditar nas palavras que saíam da minha boca.
- A única coisa capaz de evitar uma guerra dessa magnitude é sua morte querida filha e eu não estou disposta a abrir mão de você, não dessa vez. Se quer realmente consertar as coisas, comece agradecendo ao Lucas, ao contrário do seu amado Mateo, ele te ajudou ontem e merece sua gratidão.
Balancei a cabeça em concordância e subi às pressas para o meu quarto. Assim que entrei vi que Margarida organizava algumas coisas na prateleira.
- Como foi a noite com o gostoso do Mateo? Aqueles braços musculosos te fizeram esquecer de toda merda que aconteceu? Ele é lindo né? Aqueles olhos azuis desestabilizam qualquer mulher- ela suspirou.
Puxei na memória e tentei me lembrar se alguma vez eu disse para ela as características físicas do meu amado, mas não. Eu nunca detalhei nada sobre ele a não ser seu nome. Aproximei-me dela com ódio e a puxei pelos cabelos:
- Quem é você, sua vadia?
Ela ficou em silêncio tentando se soltar.
- Não me faça perguntar de novo.
- Me solta Amanda, você enlouqueceu?
- De onde você conhece o Mateo? Eu nunca entrei em detalhes com você sobre ele, e agora o descreveu perfeitamente sua cretina. - cuspi
Ela começou a rir e eu fiquei ainda mais brava, preguei seu rosto na parede e ameacei:
- Você sabia Marga que apenas o primeiro assassinato que é difícil, agora que já matei um não vou me importar se acabar com sua vida também. Vamos, desembucha?
- Não vou dizer nada porque não tem o que falar, você está exausta descontando na pessoa errada. Me solta.
Talvez ela tivesse razão, a adrenalina corria em minhas veias me fazendo agir de forma escrota, soltei seu braço e saí do quarto para respirar, mesmo assim ficaria de olho nela, se fosse uma traidora ou até uma infiltrada da polícia eu descobriria.
Lucas
A noite anterior tinha sido exaustiva, tive que desaparecer com o cadáver do Pedro e fingir para Raul que me importava com a integridade se sua amada filha, deixei o corpo em um lugar estratégico onde a polícia encontraria, todos iam pensar que foi um assalto seguido de morte, mas assim que eu colocasse meu plano em prática essa tese se invalidaria, não podia ter erros, precisava agir com cautela para não destruir meu plano perfeito.
Acendi um cigarro para relaxar, talvez mais tarde eu me encontrasse com Marga para me divertir um pouco, estava absorto em meus devaneios quando senti o cheiro da mulher que eu queria na minha cama:
- Desculpe incomodar seu momento de lazer, mas meu pai praticamente me obrigou a vim aqui te agradecer. Vi o quanto ela estava linda nessa manhã, os cabelos cacheados embolados num coque, o rosto um pouco machucado devido a surra que levou, aquilo era extremamente sexy, uma mancha em seu pescoço me chamou atenção.
Caminhei devagar em sua direção, peguei seu coque com violência e analisei o hematoma:
- Você é uma vadia, não bastasse ferrar com tudo ainda foi se deitar com o Ferraz? - gritei com raiva.
- Não é da sua conta o que eu faço da minha vida pessoal.
- É sim, infelizmente vou dividir a porra do cartel com você agindo dessa forma coloca tudo a perder sua vagabunda.
- Meça as palavras para falar comigo. - ela gritou.
- Sabe o que eu devia fazer agora? Acabar o serviço que o Pedro começou.
Nesse instante, derrubei Amanda no chão e me posicionei em cima dela, comecei a tirar sua blusa e tive o vislumbre dos mais perfeitos par de seios, ela se debatia e eu a segurei com ainda mais força, pressionei seus lábios com os meus, o gosto de pêssego invadiu minha mente. Eu não queria parar, mas se deixasse o desejo falar mais alto meus planos estariam perdidos, Raul não pensaria duas vezes, me mataria assim que descobrisse que abusei de sua adorável filha. Respirei fundo e a soltei com muita má vontade.
- Você é um filho da puta e eu terei o prazer de te matar com uma bala bem no meio da sua cabeça.
Segurei seu lindo rosto moreno em minhas mãos e falei olhando no fundo dos seus olhos verdes:
- E eu terei imenso prazer em te levar para cama e te usar como uma vagabunda, se você soubesse todas as fantasias que crio na minha cabeça teria um pouco mais de respeito por mim. Aliás, espero que tenha se divertido com seu amado Mateo, pois vou destruí-lo e te darei a cabeça dele como presente.
Levantei-me e saí caminhando devagar, eu tinha que colocar o plano de destruição em prática antes que perdesse a cabeça
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Bom dia amados leitores, me perdoem por não ter postado ontem, devido a correria nos últimos dias, provavelmente atualizarei os capítulos duas vezes por semana. Prometo que tentarei manter o ritmo normal, mas caso não der, vocês já estão avisados..
