Vitória 🏅

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Lucas

Assim que vi a cela do Ferraz destruída senti que minha vitória havia sido concretizada, eu planejava matar o desgraçado, mas a morte carbonizada do meu inimigo veio em ótima hora, não podia correr o risco dele descobrir que sua amada estava viva.

Vasculhei o local com os olhos e a única coisa que encontrei foram cinzas e sua arcaria dentária. Solicitei que abrissem a grade porque eu queria pegar seus dentes  como troféu.

Notei que Amanda chorava copiosamente, mesmo sem memória a desgraçada sabia que alguém importante na sua vida havia morrido, às vezes eu desconfiava que a filha da puta havia se recuperado , o jeito que ela me rejeitava e a forma que me olhava me davam a impressão que ela sabia de tudo. Eu ia ficar de olho, ao menor sinal de sua recuperação eu não hesitaria em entregá-la para o Salazar.

Adentrei a cela admirando cada pedacinho do lugar arruinado:

— Sinto não ter te matado como eu havia prometido, espero que queime eternamente no fogo do inferno. Certamente nos encontraremos lá. — falei olhando para os dentes que estavam nas minhas mãos. — Não chore, querida, esse desgraçado não merece suas lágrimas — disse me aproximando de Amanda que também se encontrava dentro da cela. — mandarei fazer um colar pra você com um dos dentes dele, quero que use no dia do nosso casamento. — a puxei pelo braço e beijei seus lábios salgados de lágrimas. — hoje vamos comemorar, assim que chegarmos em casa você será minha, por bem ou por mal. — sussurrei ao seu ouvido.

Senti quando seu  corpo se enrijeceu perante a ameaça que eu representava, nosso jogo seria divertido, a tempos eu sonhava em tê-la em meus braços e como comemoração pela morte do Mateo eu a levaria pra cama.

— O médico disse que tenho que ficar de repouso. — ela tentou argumentar.

— Tô de saco cheio do seu médico, e fadigado das suas desculpas. Vamos embora. — gritei.

— Você não pode me obrigar a fazer o que não quero. — ela pestanejou.

— Posso e vou. — ameacei.

A puxei pelo braço e fomos rumo à saída, entramos no carro e Amanda me olhava apavorada, seu desespero me excitava cada vez mais. Dirigi feito um louco e chegamos à mansão em poucos minutos. A retirei do veículo com violência enquanto ela se debatia em meus braços.

— É melhor não resistir, se não vai ser pior.

— Me solta, você não pode fazer isso. Pensei que me amasse. — ela berrou.

Preguei seu corpo no capô do carro e apertei seu pescoço, senti seu peito subindo e descendo de nervoso, apertei mais um pouco sua garganta e vi que ela começava a ficar sem ar.

— Porque você estava chorando na cela? — sussurrei ao seu ouvido.

— Não sei. —  falou com dificuldade.

— Não minta pra mim. — ameacei.

— Eu realmente não sei.

Fiquei tentado a enforcá-la um pouco mais, era fascinante vê-la puxando o ar para os pulmões, o poder que eu exercia sobre ela naquele instante me enchia de tesão.

Beijei seus lábios mais uma vez acariciando o meio de suas pernas com minha mão livre. Ela tentava se soltar a todo custo, mas eu não permiti. Estava prestes a abrir o botão de sua calça quando fomos interrompidos:

— Patrão? Preciso conversar com o senhor. — Oscar falou interrompendo minha diversão.

Amanda aproveitou minha distração e desferiu um chute certeiro na minha virilha, urrei de dor enquanto a via correr rumo a porta da mansão, ela ia me pagar por isso. Eu pretendia comê-la devagar , agora  ia destruir cada centímetro do seu corpo.

Respirei fundo me recuperando do golpe e soquei a cara do desgraçado.

— Da próxima vez que me interromper, eu o mato.

— Não tive a intenção Lucas. — ele se desculpou —  já que você matou os homens que não quiseram se curvar ao seu poder, quero pedir sua permissão para trazer meu sobrinho aqui amanhã, ele é um matador de elite, sua excelente pontaria será útil para os negócios. — o homem falou limpado o sangue que escorria de seus lábios.

Pensei alguns segundos, Oscar havia me interrompido por causa de uma baboseira dessas? Uma coisa que poderia esperar? Aquilo me encheu ainda mais de ódio, mesmo assim, recuperei a postura de líder e respondi.

— Tudo bem. Estou mesmo precisando de um homem com boa pontaria.

— Claro. — ele concordou — se me der licença.

— Pode ir. — falei a contragosto — tenho uma ratinha para perseguir. — sorri e subi as escadas apressadamente.

Procurei Amanda pela casa inteira e não a encontrei, arrombei a porta do seu quarto com a esperança que ela estivesse lá, mas não estava, a maldita havia desaparecido feito fumaça, algumas horas se passaram até que eu decidi parar de procurar, ela não poderia se esconder eternamente e quando a visse de novo acabaria o que havia começado.

Minha virilha doía e eu precisava liberar a tensão, vi a porta do quarto de Marga e uma ideia me sobressaltou, caminhei calmamente até lá, girei a maçaneta e a encontrei dormindo profundamente, a vadia era apetitosa e não negaria meu fogo, infelizmente, eu teria que me livrar dela também, hoje ela quase falou o nome verdadeiro de Amanda, seria uma pena sacrificar um corpo tão bonito, mas eu não podia correr o risco de ter meu plano arruinado.

Deitei-me ao seu lado e me satisfiz com ela adormecida, imaginei minha noiva a cada segundo que possuía Margarida.

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