Uma romancista falida começa a desacreditar do amor quando seus livros são um fracasso.Ela não se conforma que as pessoas prefiram noites vazias ao lado de qualquer um ao invés de lutarem por seus relacionamentos, mesmo tendo sofrido uma decepção am...
Os burburinhos começaram assim que Mateo saiu do hotel, vários elogios foram destinados a mim. Enalteceram minha coragem e meu pulso firme mesmo estando com a arma apontada diretamente para o meu coração, só fiz aquilo porque tinha a certeza que ele não atiraria, a tristeza tomou conta de mim assim que direcionei todas aquelas palavras a ele, eu não queria mais ficar naquele lugar. As luzes do ambiente e a mistura de odores me deixavam tonta, aproveitei que Lucas estava distraído conversando com um homem e fui embora.
A noite escura e a brisa gelada me abraçaram, senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto ao me lembrar da feição desapontada do homem da minha vida, me esforcei para cumprir meu papel, mas mesmo assim doía demais.
O silêncio da noite foi quebrado assim que ouvi alguém vindo atrás de mim, acelerei meus passos, mesmo assim não consegui ser tão rápida, o homem com quem Lucas conversava agarrou meu pulso com força e me jogou no chão. Senti minhas costelas baterem de encontro ao piso grosso, uma dor aguda tomou conta do meu corpo, por sorte não desmaiei, o brutamontes se posicionou acima de mim me prendendo com seu corpo.
- Então você é Amanda Gonzales? Não sabia que Raul tinha uma filha tão gostosa. - ele disse beijando meus lábios.
Senti o gosto de álcool em minha boca, por instinto mordi seu lábio com força arrancando sangue do desgraçado, ele com muita raiva esbofeteou meu rosto me deixando zonza, eu queria gritar mas a voz me faltava, não satisfeito ele me deu outro tapa, percebi que meu nariz sangrou e ele riu:
- Vou te mostrar como eu trato meninas malvadas assim como você.
- Quem é você? Porque está fazendo isso? - perguntei quase sem voz.
- Sou Pedro Salazar, e te achei muito linda. Quis vim aqui me divertir um pouquinho.
Ele me puxou do chão e me grudou de costas na parede, senti suas mãos ásperas subindo por minha coxa, nunca passei por isso em toda minha vida. Eu estava com medo e com muito nojo, tinha que ter uma forma de escapar.
- Se for boazinha prometo que vai ser rápido. - ele sussurrou em meu ouvido.
Continuei sentindo sua maldita mão pelo meu corpo, ele era pesado e eu não conseguia me soltar.
- Vou te virar de frente, quero me lembrar do seu maravilhoso rosto quando eu for dormir. - ele disse rindo.
Esse foi o pior erro que Pedro cometeu, assim que me posicionou frente a frente com seu rosto, saquei o revólver que estava preso na minha cinta liga e me lembrei das palavras de Mateo a alguns anos atrás: " Não hesite em atirar, é você ou ele que sobrevive". E sem pensar muito atirei bem no coração do desgraçado.
O vi cair no chão agonizando de dor, por um instante me arrependi do que fiz e tentei estancar o sangramento, me desesperei quando vi o sangue do meu agressor se misturar com a cor do meu vestido. Lucas me observava de longe, meu rosto estava inundado de lágrimas, o maldito homem deu seu último suspiro e morreu em meus braços.
- O que você fez? - Lucas perguntou já próximo de mim.
- Ele tentou me estuprar, só me defendi. - respondi desesperada.
- Vejo que nada mais nos difere, você é tão assassina quanto eu. Ouso dizer que acaba de iniciar uma guerra, esse homem que matou é filho de Rodrigo Salazar, o chefão da polícia, ele e seu pai são sócios, por isso Raul nunca foi pego, duvido que Salazar queira manter a aliança quando souber que a filha do Gonzalez matou seu único herdeiro.
Pensei que esse dia não tinha como piorar destruí o homem que amo e virei alvo da polícia, acho que a pior escolha que fiz foi ter me aliado ao meu pai.
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Queridos leitores, espero de verdade que estejam gostando da história de Mateo e Amanda, eles se metem em cada encrenca, né? Não percam os próximos capítulos...
