Capítulo 17

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( É assim que Imagino o ZÉ)

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( É assim que Imagino o ZÉ)

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Ciente de que estou sendo observada, dou passos curtos até a prateleira e alinho um livro que estava quase caindo

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Ciente de que estou sendo observada, dou passos curtos até a prateleira e alinho um livro que estava quase caindo. A parte de trás da minha coxa dói e preciso segurar para não desabar no chão, Zé percebe e vem correndo, enlaçando minha cintura com as duas mãos. 

Um gemido me deixa e nem eu sei se é devido a dor ou...bem, outra coisa. Ele acabou de tomar banho. O cheiro do sabonete de damasco ainda é fresco em sua pele e mesmo que o clima tenha pesado após a despedida provocativa de Guto e nossa conversa agora ocupe o topo da minha lista de problemas, meu coração ainda salta quando meu padrasto beija meu ombro.

— Peguei você. — Sussurra e embora não haja nada de malicioso na sua fala, cada parte do meu corpo acende. Repito mentalmente que é uma reação natural e que não existe nada de errado comigo.

— Obrigado. — Digo, tentada a inclinar o pescoço e pedir algum toque ali também.

— Tem certeza que não precisa ir ao médico? — Sorrio, gostando de sentir seu hálito quente na minha nuca. Nego com a cabeça.

— Vou ficar bem, não precisa se preocupar. Sou quase médica. — Ele solta uma risada frouxa, mas logo volta a ficar sério.

— Devo ficar preocupado com a visita de Augusto Lobo? — Uma mudança brusca no rumo da conversa, mas tudo bem, eu já esperava. Suponho que ele só esteja esperando o momento certo para voltar o assunto da perseguição também.

— Por que deveria ficar? — Seu aperto se torna mais possessivo.

— Podemos começar com o fato de que não gosto dele. Você sabe, muito perfeitinho nas roupas que a mamãe escolheu. — Bufa e por um segundo penso se isso é ciúme. — Entretanto, leve em consideração os anos que minha família conhece a dele e que meu avó era padrinho do pai dele.

Enrugo a testa.

Eu não sabia dessa informação.

—Isso não devia ser algo bom? —Indago e sua mão começa a descer da minha cintura para o quadril.

Solta um riso amargo.

— Você não conheceu meu avô, boneca.

— Hmm.

— Bem, o que ele queria? — Continua descendo a mão, parando apenas para traçar círculos pelo caminho. Encolho o ombro.

— Apenas saber como eu estava.

Silêncio.

— Que atencioso. — Solta depois de vários segundos e acabo sorrindo. Ok, isso pode ser ciúme, porém, não vou me iludir.


Ele é o marido da sua mãe. Minha consciência acusa e mordo a língua.

— Guto é meu amigo, era noivo da minha melhor amiga. — Explico e seus dedos erguem sorrateiramente o tecido da minha blusa e se infiltram por baixo.

— Certo.

Aperto os lábios, apoiando a cabeça em seu peito, ciente dos seus músculos e toque.

— Algum problema? — Indago, mas estou mais interessada no calor surgindo através dos nossos corpos.

— Nada.

— Zé.

— Não confie nele, ok? Aliás, não confie em ninguém.

— Apenas em você, certo? — Meu tom é brincalhão, apenas uma tentativa de quebrar o clima e arrisco me mexer, sabendo que no ângulo certo posso tocá-lo lá, no órgão rígido entre suas pernas que acebei de sentir crescer.

— Precisamos conversar sobre reforçar sua segurança. — Muda o rumo da conversa e viro para encará-lo. Tento desvendar sua expressão e entender o motivo de ter mudado de ideia, mas existe uma roupagem nova, uma camada adicionada para proteger qualquer informação. Afasto seu peito com o dedo indicador e me arrasto de volta para o sofá.

— Não, não precisamos. — Alguns xingamentos, então o lado vazio do sofá é preenchido e seus olhos estão em mim. Arrasto as páginas do meu caderno de anotações e finjo que sua presença não me atinge, realmente tentando ler alguma coisa.

— A culpa foi minha. — Fecho o caderno com força, virando para o seu lado.

— Pare.

Ele suspira e passa ambas as mãos pelo rosto, de uma maneira que me faz querer abraçá-lo. Quando volta a erguer os olhos é como se estivesse pronto para começar uma briga.

Recuo no lugar e me preparo para levantar e sair.

— Nora, estou falando sério. — Segura meu braço, me puxando de volta.

— Eu também! — Seguro seu olhar e arqueio a sobrancelha, desviando para seus dedos ainda em volta do meu pulso. Ele afrouxa o aperto e baixa a cabeça, entrelaçadas na frente do corpo.

— Quando... —Exala, fechando as pálpebras por cinco segundos. — Quando casei com sua mãe prometi que a protegeria como minha, decidi que te daria tudo o que estivesse ao meu alcance. — Aperto os lábios.

— Eu não preciso do seu dinheiro. — Rosno e avança sobre mim, cobrindo meu corpo com o seu e deixando nossos rostos próximos. Tão próximos.

—Eu quero fazer coisas com você, Nora.

—Que tipo de coisas? — Meu tom é apenas um sussurro confuso, mas ele está sorrindo quando acabo, quase como se já esperasse que eu fizesse a pergunta, melhor, como se ansiasse por ela.

— Coisas que eu não deveria querer, mas quero. — Explica, tão calmo que me pergunto se a cena é real ou mais um dos meus delírios.

 Abro a boca para questionar o que quer dizer, mas sou surpreendia quando leva boca até meu ouvido, roçando o lábio inferior na parte sensível que tenho por lá. 

—Coisas indecentes, promíscuas e proibidas. — Acrescenta e sem dizer mais nada, pula para longe.

— O quê? — Pisco, confusa demais

— Preciso ir até Nova Aliança. — Diz e meu corpo tensiona, sabendo exatamente quem ele vai encontrar.



NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora