Capítulo 50

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— Tobiah está esperando no carro

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— Tobiah está esperando no carro. — José Luiz sussurra contra meu pescoço, como se nunca tivéssemos sido interrompidos e um arrepio circula minha coluna cervical. O efeito que ele tem sobre mim é quase mágico, um toque e bummm.

Dou uma olhada para onde meu segurança estava segundos atrás e não o vejo.

— Claro, apenas se você tiver cansada de assistir esses caras seminus. — Sua voz parece irritada do meio para o final da frase, também acho que o ouvi rosnar. Hmm. — Caramba, boneca. Eles são péssimos. — Continua sussurrando contra meu pescoço, mas não perco a nota de ciúme em seu tom.

Ele está com ciúmes dos meninos da banda?

Um sorriso idiota repuxa meus lábios pra cima e acabo inclinando o rosto na direção do seu. Fofo. Eu nunca fiz o tipo submissa, quando um cara queria me dar ordens ou exigir algum tipo de controle sobre a minha vida, eu o mandava para outra freguesia, mas com Zé é diferente.

— Eu gostei. — Digo quando sinto seus dedos penetrarem a bainha da minha blusa. Ele rosna no meu ouvido e descansa a palma contra meu abdômen.

Prendo a respiração.

Cristo.

— Mesmo? —Questiona após um segundo ou dois, deslizando a língua pelo meu queixo enquanto me preocupo com os arredores, apesar de estarmos em um ponto de pouca iluminação, não estamos sozinhos. Olho na direção de Isadora e Rael, já que são os mais próximos e só respiro aliviada quando percebo que suas atenções estão no palco.

Balanço a cabeça em afirmação e seus olhos adquirem um tom cinza tempestuoso, mas também cheio de luxúria e desejo.

— O que você gostou? — Pergunta, o tom macio, sedutor, mas ainda irritado.

— Principalmente as tatuagens. — Seu maxilar aperta, a mão deixando minha barriga para enrolar ao redor do meu pescoço com possessividade e um aparente descontrole, embora sua expressão continue neutra. — Zé. —Consigo chamar seu nome, mesmo que ele não esteja apertando com força, a pressão na região dificulta minha respiração.

— Você gosta de homens tatuados, Nora? — Senhor amado. Essa conversa não tem nenhum motivo para acontecer e provavelmente não resultará em bons frutos, porém minha calcinha molhou só com o som exigente da sua voz e não estou voltando atrás.

Maneio a cabeça em positivo e o grunhido que deixa sua garganta me lembra de quando fomos ao zoológico e passei a tarde toda observando um leão, no início achei que era pela beleza da juba brilhante, mas depois percebi que era bem mais pelo modo como ele exercia poder sem nenhum esforço. O rei. Quando o animal percebeu minha presença, ele rugiu tão alto que mesmo estando sobre a proteção de uma grade reforçada, eu corri e corri até que parei de ouvir seu rosnado.

Lembrar desse episódio específico me faz recuar do toque do meu padrasto. Deve ser o aviso, certo?

Você já provou dessa maça, o que tem pra perder? Minha consciência pontua e tenho que concordar.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora