Capítulo 16

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Silêncio

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Silêncio.

É tudo o Guto me oferece por longos minutos. Minha pele coça de curiosidade.

— Não, o bebê não era meu. 

— Eu não sabia, Guto. Eu... como isso aconteceu? 

Ele inclina a cabeça para o lado, deslizando o polegar pela barba rala, parecendo o dono do lugar, me avaliando cautelosamente. Eu sei que ele está me julgando, me condenando.

— Precisa de uma explicação básica?

Faço uma careta.

— Sei como os bebês são feitos, Augusto. — Endosso a voz, encarando-o de cima. Se sua intenção era me intimidar, não vai conseguir. — O que quero dizer é como descobriu isso? Como tem certeza?

— Não pense que vai me enganar com esse jogo, Nora. Ela era sua melhor amiga, faziam tudo juntas. — Faz uma pausa, apertando a mandíbula quando me escuta protestar. — Porém, considerarei sua reação. Quer saber como fiquei descobrindo da gravidez ou como isso não virou destaque na mídia?

— Ambos. — Ele assente, andando até o sofá e sentando ao meu lado.

— O médico legista veio até mim logo após constatar sua morte por overdose, ele disse lamentar a perda dela e do bebê. — Sua sobrancelha se ergue e me examina com cuidado. Permaneço em silêncio. — Era óbvio que ele julgava que eu era o pai, íamos nos casar. Os pais dela também estavam lá e ficaram em choque. Samantha precisou ser medicada, foi um circo. — Acrescenta o final com uma carranca tediosa.

— Sinto muito. — Sussurro, mas não tenho certeza se foi alto o suficiente. Uma parte minha quer contar o quanto daquele relacionamento era platônico, Ariel nunca foi fiel. Tudo sempre se tratava de um jogo.

— Foi a merda mais confusa que já tive de lidar, perdi muitas coisas naquele dia. — A nota melancólica ao fundo da sua voz não é encoberta a tempo e penso haver muita coisa não dita nessa declaração. — Contei aos bragantinos que o filho não era meu, mas concordei em manter a discrição e não divulgar sobre a gravidez. Molhamos a mão de muitos funcionários também.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora