Capítulo 56

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Se você não é super-herói e vive no mundo real, seu legado será resumido em filhos, dinheiro e poder

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Se você não é super-herói e vive no mundo real, seu legado será resumido em filhos, dinheiro e poder. Não importa o quão bom você tenha sido ou quantos sorrisos distribuiu, no fim, a única coisa que importa é o quanto você produziu.

Foi o que cresci ouvindo.

Meu avô e meu pai foram homens importantes e fizeram o cainho fácil para mim, boa educação, boa comida, boas roupas e nenhuma dificuldade. Claro, crescer com o fantasma da sua mãe doente é ruim o bastante para fazer qualquer um desviar do caminho, mas não eu. O único herdeiro Maldonado, o felizardo e sagrado bebê que não nasceu louco como a progenitora deveria ser o melhor em tudo. Quase tudo.

Eu não tinha tido um bebê.

A continuação da linhagem era algo que meu pai levava tão a sério que um dia ofereceu dinheiro a Clarice, apenas para que ela parasse de tomar os anticoncepcionais e engravidasse. Não que ele aprovasse ou gostasse da minha mulher, não, ele só quer muito um neto.

Ele também pode esperar sentado.

O acordo que Clarice e eu acertamos também envolve honestidade, prometemos ser leais e assinamos um contrato, na terceira linha do quarto parágrafo diz que uma traição de qualquer lado vai gerar uma multa de quinhentos mil, divórcio e exposição de segredos. Nenhum de nós dois confiava realmente um no outro quando se casou, as cláusulas foram sugeridas e redigidas pelo meu advogado e amigo, Hélio Lisboa. Eu não me importei com o valor da multa, na verdade, darei de bom grado metade da minha fortuna para Clarice se um dia nos separarmos. O problema são os segredos.

Percorri um longo caminho até alcançar minha paz mental, a meditação ajudou, mas foi a certeza que nunca me divorciaria que fez minhas noites mais calmas.

Como eu poderia imaginar que minha enteada bagunçaria com tudo?

Esqueça a paz mundial, a verdade e o conhecimento são as duas coisas mais desejadas pelo ser humano, isso se você ignorar a sede por dinheiro, obviamente.

Eu não ignoro nada, por isso, tenho tudo. Dinheiro, poder, conhecimento e a verdade.

Contudo, nesse momento, eu gostaria de esquecer tudo. Começando pelo vínculo moral com a sociedade e terminando com meu sobrenome. Porque, se eu não fosse quem sou, poderia torná-la minha em mais de um sentido.

— última chance para recuar, querida. — A visão que tenho é de tirar o fôlego. Nora está deitada de frente para mim, descoberta da cintura para baixo, pernas abertas e a excitação escorrendo da sua intimidade. A cena poderia ser facilmente registrada em um quadro ou poema, talvez servisse de inspiração para um romance fora dos padrões de Victor Hugo.

— Me mostre o seu pior, Zé. — Não contenho o sorriso que se abre no meu rosto. Ela acabou de me desafiar, pediu o pior sem saber o material que sou feito e foda-se. Minha misericórdia acabou.

Pobrezinha.

Retiro a blusa sobre seu escrutínio, apreciando sua devoção, me regozijando a cada suspiro languido que deixa sua garganta. Eu amo saber o efeito que tenho sobre ela, a maneira inquietante que me olha, como seu corpo se contorce e exige atenção.

— Não sou do tipo misericordioso, boneca. — Falo, descendo a calça junto da cueca. Ela arfa, os lindos olhos castanhos ampliando com a visão que ofereço.

Toco a ponta da minha espessura, apertando a cabeça entre meus dedos e descendo pelo comprimento em uma massagem grosseira. Nora não perde meus movimentos, acompanhando curiosa as investidas da minha mão.

— Se toque pra mim, baby. — Desço o olhar par ao meio das suas pernas, rosnando quando percebo que já tem dois dedos brincando com seu mone. — Abra os lábios e enfie o dedo médio, querida. — Ordeno, incapaz de agir com suavidade. Ela faz o que mando sem contestar e me surpreendo.

— Assim? — Questiona, mas tenho certeza de que é apenas provocação, ela já se mostrou experiente na cama.

— Sim, boneca. Dê-me um show particular, agora mostre esses peitinhos. — Sua mão livre se arrasta pelo abdômen plano e sobe a blusa, revelando um sutiã que combina com sua calcinha de borboleta. Suponho que o conjunto deveria ser fofo, mas me deixa ainda mais insano. Eu apenas quero rasgar com os dentes e comprar mais meia dúzia.

— Bem, bem... isso não parece um castigo para mim, o oposto disso. —Rio, um pouco mais sombrio do que geralmente sou.

— Pare de se tocar e conhecerá o verdadeiro castigo. — Rosno, fechando meu punho entorno do meu membro e bombeando com mais pressão. — Agora preste atenção, vou detalhar cada uma das suas próximas ações e não aceito atrevimento. Vai fazer o que eu mandar, quando eu mandar e na posição que eu escolher.

Seu rosto empalidece um pouco, o primeiro sinal de medo e me vanglorio.

— Pronta, querida? 

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora