Capítulo 28

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Percorro com o dedo as linhas da pesquisa do Dr

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Percorro com o dedo as linhas da pesquisa do Dr. Sampaio,um neurocirurgião com mais de trinta anos de experiência e um dos meus professores. Bom, pelo menos, ele será por um semestre inteiro. A pesquisa fala sobre anomalias craniofaciais congênitas, como a macrocefalia que é caracterizado pelo tamanho da cabeça da criança, podendo ser diagnosticado do nascimento aos dois anos, em alguns casos a anomalia não representa risco para a saúde ou desenvolvimento, mas se for encontrado acúmulo de líquido cefalorraquidiano, que é basicamente isso, um líquido incolor que circula o cérebro e a medula espinhal e os protege de impactos, servindo de amortecedor, pode, sim, haver riscos, tais como: atraso mental, convulsões, tamanho do cérebro. A grande questão é que estou há mais de duas horas pesquisando sobre o homem e seus feitos, ele já realizou 300 cirurgias e teve como pupilos outros grandes nomes da medicina.

 Continuo rolando o mouse e lendo, sentindo algo como borboletas na boca do estômago, algo que nunca senti antes, quando Zé fala meu nome do outro lado da porta e me faz pular da cama.

Jesus.

— Posso entrar? —Ele pergunta, em um tom que faz coisinhas com meu corpo e xingo baixo. Dou uma rápida olhada para o relógio e percebo que já passa da meia-noite, de repente, seu aviso de hoje mais cedo para não abrir a porta caso viesse passa por minha cabeça. Encaro meu reflexo no espelho, o conjunto de short e blusa de algodão na tonalidade cinza parecendo nenhum pouco sexy. Não tem problema abrir, certo? Ele pode ter algo importante para contar e não é como se eu fosse incapaz de controlar minhas mãos.

E a sua boca, você consegue controlar? Minha consciência provoca.

— Ele é meu padrasto! — Travo uma briga comigo mesma, colocando a mão na boca com medo de ter falado alto.

Sim, isso faz de você uma traidora.

Ela provoca.

Outra batida na porta e então sua voz.

— Nora?

— Um minuto. — Grito e enrolo meu cabelo em um coque no alto da minha cabeça. Vou até a porta e a abro, seus olhos passam rápido pelo meu corpo e limpo a garganta. — Oi. — Digo.

— Oi. — Sua voz é rouca, profunda e contém uma pintada de diversão. Aperto os olhos em sua direção e o estudo. Seu cabelo é uma bagunça, um emaranhado de fios negros selvagens, ele também não usa blusa, apenas uma calça moletom branca. Eu consigo enxergar o v e o caminho para o paraíso? Não, algo mais profano e proibido. — Posso entrar? —Pergunta, olhando com cautela na direção da escada, sibilo uma resposta positiva e ele afasta meu corpo para o lado, envolvendo minha cintura com sua mão direita e entra. Fecho a porta e penso se deveria passar a chave, mas quem entraria aqui sem o meu consentimento?

— Aconteceu algo? —Enrolo um fio solto no dedo, ciente de que pareço uma menina assustada realizando a ação repetidas vezes.

— Sim e não. — Franzo o cenho. — Atrapalho? — Ele aponta na direção do notebook e nego.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora