Capítulo 35

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A primeira gota atinge meu ombro

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A primeira gota atinge meu ombro.

Em poucos segundos, estou encharcada e confusa.

Meus olhos vagam para a entrada da casa onde cresci, o lugar que José Luiz escolheu pensando em construir uma família com minha mãe. A mesma casa que agora está pegando fogo.

Eles disseram que o incêndio começou no meu quarto.

No meu quarto!

— Nora, volta pro carro! —Zé grita, olhando-me sobre o ombro, parado ao lado de quem acredito ser o chefe do corpo de bombeiros. Eu balanço a cabeça, incapaz de desviar os olhos das chamas alaranjadas. O fogo foi controlado e não chegou na parte inferior, mas o andar de cima foi consumido, principalmente, meu quarto.

Onde o incêndio começou. Minha mente lembra.

Não faz sentido.

Caminho até meu padrasto, continuo usando o vestido da festa, então os movimentos são lentos devido como o tecido molhado se apegou ao meu corpo. Zé recebeu a ligação de Justine quando Cecília estava fazendo um discurso e viemos direto para casa. Suas sobrancelhas se unem em uma carranca intimidadora a cada passo que dou, mas não vacilo. Ele também está molhado devido à chuva, as gotas estão ficando mais grossas e atrapalham minha visão, mas não paro de andar. Eu preciso saber o quanto foi perdido.

— Eu quero i— Falo —Falo assim que estamos próximos o suficiente, tento impedir que meus dentes batam, mas estou com frio.

— Não.

— O fogo já foi controlado. —Rebato, envolvendo os braços ao meu redor. Ele semicerra os olhos e inclina a cabeça, coçando o queixo como se estivesse analisando um texto complexo. — Por favor. —Acrescento.

— Não.

— Zé, eu preciso...

— Eu disse que não, Nora. Volte para o carro. — Me corta, usando um tom rígido e impaciente. Endureço no lugar, olhando de canto para o homem com roupa de bombeiro ao seu lado. Ele nos observa com curiosidade, embora tente disfarçar.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora