Capítulo 32

163 11 1
                                    

O dia está nublado, um indicativo ruim para Bárbara, mas um excelente pra mim que só preciso de uma desculpa esfarrapada para não ir a sua festa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O dia está nublado, um indicativo ruim para Bárbara, mas um excelente pra mim que só preciso de uma desculpa esfarrapada para não ir a sua festa. Levanto-me da cama assim mesmo e cumpro todo o ritual no banheiro. Concordei com as meninas que chegaríamos juntas, mas vamos nos arrumar cada uma em sua casa. Dou uma olhada no dossiê mais uma vez, apenas checando se ainda está no lugar, Isadora me deixou ficar come ele, na verdade, descobri que estes são apenas cópias e que o original estar bem guardado em sua casa. Ela também garantiu que me entregaria as informações de Cecília hoje, então estou extremamente ansiosa para conhecer os segredos da mulher. Por falar em segredos, existem três pastas que ainda não consegui abrir por falta de coragem. O da minha mãe, O de Ari e a do José Luiz.

Saulo também tem ligado e mandado mensagens, principalmente depois que o usei para causar ciúmes no Zé no começo dessa semana, bem, para ser justa, ele não sabia que estava sendo usado e posso ter o beijado na porta de casa por vingança, apenas porque meu padrasto estava nos observando da janela. O ponto é que depois do que li em sua ficha, nem pintado de ouro tô aceitando.

— Alô? — Falo, percebendo que atendi sem checar o nome no visor. — Alooô? — Repito o chamado, separando as maquiagens na prateleira. —Tália?

O barulho de motor se inicia do outro lado da linha e paro o que estou fazendo.

— Tália essa brincadeira não tem graça. — Digo, identificando que o barulho não parece com o de um carro pequeno, mas sim de um grande, como um caminhão ou ônibus. — Tália! —Rosno e uma voz de mulher começar a gritar por ajuda.

SOCORRO. SOCORRO. SOCORRO.

ME AJUDA, POR FAVOR.

ELE VAI ME MATAR!!!!

A voz vai se tornando baixa assim como o barulho de motor, até que deixo de escutar por completo. 

Minhas mãos estão trêmulas e minhas pernas bambas.

— Quem é? —Indago, tendo o silêncio como a resposta. A ligação se encerra sozinha. Logo depois recebo uma mensagem de texto e o que leio me faz derrubar o celular. Zé entra correndo no quarto, chutando a porta que fechei na chave noite passada e me pegando no colo, quando questiona o que aconteceu, eu só consigo apontar para o aparelho telefônico no chão. 

Sua primeira ação é me setar na pia de mármore, então em seguida ele se abaixa e ler o conteúdo da mensagem. Eu nunca o vi com tanta raiva.

— Sabe quem pode ter mandado isso? — Balanço a cabeça em negação e ele profere uma sucessão de palavrões, enfiando meu celular no bolso antes de me puxar para seus braços. — Respire comigo, Nora. Estou aqui para te proteger, ok? — Assinto, acreditando em cada uma das suas palavras, porque, no fundo, sei que seu toque é a única coisa que pode me acalmar agora. Inalo seu cheiro e acalmo meu coração.

— Preciso me arrumar. — Digo, mais relaxada. Seus olhos me estudam com atenção e percebo que está travando uma luta interna. — Estou melhor. — Falo para convencê-lo, forçando um sorriso que logo se desmancha.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora