Capítulo 38

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A observo com cautela, calculando os melhores caminhos para obter o que eu quero

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A observo com cautela, calculando os melhores caminhos para obter o que eu quero.

— Não, você está tentando distrair-me. — digo.

Ela ergue apenas uma sobrancelha.

— E está funcionando!? — Fala, um sorriso brincando nos lábios.

Ela é uma provocadora de merda, mas eu saquei o seu jogo e tenho minhas próprias cartas..

— Você está tentando fugir da pergunta, mas lá vai um conselho, boneca. — Pauso, dando um tempo para ela poder gravar as minhas palavras. — Eu sempre tenho o que quero.

Nem sempre.

Minha consciência murmura e uma imagem minha, ajoelhado, surge.

Suas mãos param com a carícia e descem para as laterais do seu corpo. O olhar confiante que ela mantinha se esvai e dá lugar ao terror, dura pouco, no entanto, é o suficiente para mim.

Eu desconfiei de que algo estava errado desde o dia que ela sofreu foi perseguida saindo do hospital, na época, até cogitei um sequestro relâmpago, mas mudei de ideia assim que vi o brilho nos seus olhos. Pânico. Reconhecimento. Culpa.

— Bem, você não pode exigir respostas quando opta manter o silêncio sobre si. Eu tenho tantas perguntas quando você, José Luiz. Não existem dois pesos e duas medidas, aqui.— A pele morena é agraciada pelo brilho da luz que vem dos faróis do meu quarto e passa pela janela de vidro quando ela senta e apoia as costas na cabeceira da cama. Comprimo os olhos para a imagem.

Minha boca saliva com a visão dos montes firmes e duros.

— Você quer respostas, hein.

Ela empina o nariz e segura o olhar no meu. Sorrio.

— Que tal um acordo? — Ofereço. Nora se mexe, mas não se move do lugar.

— Que tipo de acordo?

— Sim, uma resposta por outra. — Proponho e leva um segundo para ela aceitar.

Hmm.

— Você começa. — Ela indica, passando a língua pelos lábios num movimento aparentemente inocente, mas que leva a loucura para minha mente. Quero, preciso dessa boca no meu... em todo lugar.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora