Capítulo 41

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Ele morde meu lábio inferior e então eu retribuo

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Ele morde meu lábio inferior e então eu retribuo. O gosto metálico é um incentivo para ir mais fundo, nos perdemos um no outro, determinados não só a provar quem é o mais sanguinário, mas também quem é o mais resistente. O beijo se transforma em nossa pequena batalha por poder, eu amo isso. Amo nós dois. Amo essa versão dele que estou descobrindo, embora eu me sinta ciumenta com o pensamento dele ser assim com mamãe. Meu padrasto deixa de existir e o homem que desejo desde os dezenove anos mostra que também me deseja, que me quer tanto quanto o quero. Somos uma bagunça.

Meus dedos dos pés enrolam.

Estou caindo.

Eu até sinto o frio na barriga, as borboletas e tudo mais.

— Aceito minha punição. — Sussurro quando estou tomando fôlego, respirando contra sua boca.

Zé não fala pelos próximos segundos, mas arrasta a ponta dos seus três maiores dedos pela minha coluna cervical.

— Vou dançar para você. — Acrescento, me esforçando para recuar do seu toque.

Ele protesta.

Procuro a minha volta por um equipamento de som, mas me dou conta que nenhum móvel é atual, então, viro minha atenção de volta para seus olhos e não me surpreendo quando o encontro sorrindo.

— Deixei o celular no carro. — Falo, mas é mais como se eu fosse uma garotinha assumindo que não fez a lição de casa para o professor.

Zé corta o espaço que criei entre nós e me agarra pela cintura.

— Eu também. —Fala.

Apoio as palmas em seu peito e dou um sorriso amarelo.

— Como posso dançar sem música? — Ele levanta uma sobrancelha.

— Podemos improvisar, boneca. — Quando abro a boca para questionar, ele me rodopia sob a orientação da sua mão. — Vamos usar o som da chuva. — Declara e um sorriso bobo ilumina meu rosto. Eu até me pego querendo suspirar como nos desenhos animados.

Esse é um dom especial que ele tem, me fazer agir como a mocinha de um romance clichê, quando não há nada de inocente em mim.

Uma ideia surge e retiro suas mãos da minha cintura, como imaginei que faria, ele pragueja quando começo a andar na direção da porta. Peço um momento e corro para a cozinha, eu sei o caminho decorado porque passamos por ela. Vasculho as gavetas do armário e encontro três velas brancas, as pego com uma caia de fósforo e volta para o quarto. Ao perceber, o que planejo, Zé deixa a poltrona que me esperara e agarra um das velas.

NOSSO SEGREDO - LIVRO 1. CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora