Sinopse
Gizelly G!P
Gizelly Bicalho tem 29 anos é professora, nadadora e escritora, depois de morar 3 anos fora da Brasil, volta para sua cidade natal com a sua namorada, Hariany. Gizelly é amável, inteligente, gosta de artes e viagens. Ela sonha...
Quando Rafa voltou para o quarto, a sensação era diferente. Ela estava aborrecida, entretanto era mais triste que aborrecida. No fundo era falta de Gizelly que sentia, mas lembrou-se do tanto que grudou na professora nas ultimas semanas e a chateação era mais por ela não ter falado nada.
- Olha só a mulher que vocês me fizeram se tornar! Uma chata carente. Em outra situação, vocês estão pensando que eu ia me importar com ela? Claro que não... - Afirmou olhando para a barriga.
Os bebês tadinhos, sequer tinham noção nenhuma. Mas ela sorriu antes e pediu:
- Me desculpem, a culpa não é de vocês. Quero ver como vai ser a vida de vocês sabendo que nasceram com uma mãe surtada.
Depois ela levantou-se, sorriu de si mesma e afirmou:
- Nem eu sabia que era tão surtada assim!
Depois de escovar os dentes, ela deitou-se na cama. Abraçou um travesseiro, rolou pra lá, rolou pra cá e pegou o celular. Gizelly não estava online, estava há duas portas de distância. Mas uma coisa não tinha nada a ver com a outra. Minutos depois, chegou uma mensagem dela.
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Rafa havia esquecido de tomar. Foi para a cozinha, pegou um copo de água e voltou para o quarto, tomando três comprimidos coloridos. Voltou a deitar na cama, mas o sono não chegava.
Quase uma hora depois, ela ainda estava acordada na cama. Pela varanda do seu quarto, via que o quarto de hóspedes estava com a luz acesa. Diferente das outras vezes, ela estava mais pensativa que o normal. Começou a pensar em todas as mudanças que já haviam ocorrido desde que Gizelly entrou na sua vida. Todas as coisas que fez e que jamais imaginaria que seriam feitas. Talvez todo aquele apego viesse de outras histórias, outros medos e outras coisas. Culpar os hormônios tinha uma vantagem, mas não era tudo.
Por aquele momento, ela estava sozinha ou com três pessoinhas que ainda viriam. Por outro lado, ela sabia a independência que Gizelly tinha. Ela teve coragem de largar os Estados Unidos, sair do conforto que a família apesar de tudo tinha, e se dedicou ao que gostava de fazer. Estava sempre descobrindo novas coisas que poderia gostar, aumentando cada vez mais o leque de opções profissionais. Entretanto com sentimentos, a opção era uma mulher momentaneamente carente, que falava pelos cotovelos e estava meio... Digamos, excessivamente dependente.
"Agora é a hora que você vai lá, abre a sua boca e fala as coisas que tá sentindo. Esse é o certo." Uma vozinha que vinha lá do fundo, dizia que ela deveria fazer isso, mas ela relutou.
- Pra quê? Pra depois ela falar que não dorme por minha causa e que agora eu fui lá acordar ou atrapalhar?
A pergunta feita em tom baixo não podia ser respondida pelo vento. Mas sim por ela mesma. Eram mudanças demais para tão pouco tempo. Ela acabou saindo do quarto, caminhando pelo corredor, parou na frente da porta do quarto de hóspedes. Não estava trancada, e sim encostada. A luz estava acesa, mas Gizelly estava dormindo. Com o computador na cama, cabelos bagunçados e bermuda. Não parecia tão confortável quanto dormir no quarto de Rafa. Talvez pela falta de costume. Rafa pensou algumas vezes antes de acorda-la. Ou não. Pensou em desistir, mas não fazia muito sentido. Optou por sentar ao lado dela bem devagar. Passando a mão inteira pelas costas da professora, indo e voltando. Um carinho tão simples e tão íntimo ao mesmo tempo. Gizelly não estava dormindo, fingiu por alguns minutos. Ficou imóvel e disse: