Você me paga!

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Rafa parou na frente de seu prédio e Gizelly ao seu lado. Esperou a cancela da portaria abrir e passaram as duas. Rafa deixou o carro na vaga, enquanto Gizelly a olhava.

-   Nunca mais aqueles seguranças vão me olhar com a mesma cara. Você viu? - Afirmou Rafa, vendo Gizelly apoiando o capacete no tanque da moto.

-   Eles podem supor qualquer coisa, mas nunca saberão o que houve. Pode ter sido só uma conversa.

-   Claro que pode! Onde você sai com a roupa pelo avesso. Que conversa ótima.

Gizelly sorriu, estendendo o braço para ela, que veio ao seu encontro e a abraçou em seguida.

- Uma conversa onde você me chama de amor, se entrega pra mim daquele jeito e depois me agride dizendo que a culpa é minha. Coisas que só você pode fazer!

Rafa deitou a cabeça no ombro dela, acariciando a nuca da mulher. Parecia uma criança indefesa.

- Por que você não esquece que já aconteceu uma transa bem gostosa no vestiário. Aquele pecado que não pode se repetir, e sobe comigo. Finge que ainda estou te esperando. Dorme na minha cama bem quentinha. Amanhã preciso acordar cedo e já é tarde.

Gizelly beijou a mão de Rafa e beijou a boca dela em seguida. Trocaram um olhar intenso e Gizelly disse:

- No começo, eu achei que seria complicado. Não via sentimentos em você, só desejo mesmo.

Rafa sorriu encabulada, mas não ia se render e se derreter como Gizelly imaginava que faria.

-   E agora? O que você vê?

-   Vejo uma moça, COM-PLE-TA-MEN-TE doida por mim! Não tem mais jeito!

Logo, Rafa arregalou os olhos, sorrindo outra vez.

-   Você que não tem jeito. Convencida! Não posso nem pedir pra ficar, já fica se achando.

-   Então posso ir embora?

-   uhum! - Rafa respondeu.

Mas a puxou pela camisa ao vê-la colocar o capacete e disse:

- Não! Não pode! Experimenta pra você ver uma coisa.

Respondeu, agora vendo-a estacionar a moto ao lado de seu carro, Gizelly a abraçou por trás e saíram até o elevador.

- Eu também não ia mesmo. Só queria ver a sua cara! - Disse Gizelly, lhe enchendo de beijinhos ao longo do pescoço.

   Kelly havia deixado um recado na porta da geladeira para Rafa. Dizia que Sofia chegaria no dia seguinte e Renato havia ligado. Rafa lembrou que ele havia lhe enviado um áudio, mas ficou de ouvir depois e acabou esquecendo.

- Meu irmão está voltando. Amanhã vou até a casa dele, ver como estão as coisas. Deve estar tudo de pernas pro ar. - Disse Rafa, olhando o bilhete e jogando fora em seguida.

   Gizelly sentou no sofá, acabou se distraindo olhando algumas coisas no celular, começou a rir ao ouvir um áudio que foi enviado por sua mãe. Nele, ela dizia que o jantar estava marcado para o sábado da semana seguinte. Além de outras coisas bobas que sempre a faziam sorrir.

- Dona Márcia está empolgada em conhecer você.

Rafa voltou da cozinha comendo um palito de cenoura de uma salada preparada por Kelly, sentou-se ao lado de Gizelly e afirmou:

- E pelo tamanho da sua risada, ela deve estar premeditada a me detestar. Fala logo! Tá estampado aí na sua cara.

O sorriso de Gizelly foi ainda maior, ao ouvi-la falando. Rafa enfiou um pedaço do que estava comendo na boca de Gizelly.

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