The Teacher

Precisa ser bem planejado!

- Agora nós vamos!

Disse Rafa, depois de tomar o café da manhã, Gizelly vestiu uma bermuda que combinava com os chinelos e camisa verde. Enquanto Rafa prezou por um vestido solto em tons variados. Quando saíram do chalé, deram as mãos e observavam cada detalhe do resort. O cheiro, os sons, hóspedes fazendo yoga nos gramados até a maneira como os funcionários se vestiam era bonita e chamativa. Havia vários jardins e cores vivas em todos os lugares.

- Ai tô apaixonada por isso daqui olha essas flores! Tira uma foto, amor.

Aquele era o momento de Gizelly acrescentar mais uma profissão ao seu currículo: fotógrafa. Quando Rafa pedia para tirar uma foto, era o mesmo que cem fotos. Fazia poses inusitadas e divertidas, mas não deixava de fazer cliques românticos com a namorada. O carro alugado já esperava no estacionamento do resort e um guia sempre ficava à disposição dos turistas para informações assim como um mapa em papel detalhado da ilha foi entregue. Apesar de ninguém usar muito aquilo. O problema, no entanto era a tal mão inglesa. O volante do carro ficava do lado contrário, o que pedia atenção redobrada do condutor que não tinha costume.

- Bebê, tem certeza que não é melhor um guia pra dirigir pra gente nos passeios? - Perguntou Rafa.

Gizelly coçou a cabeça enquanto um funcionário do resort falava:

- Temos ótimos guias que passam o dia inteiro e levam nos melhores lugares. Conhece a ilha inteira e será bastante útil.

Mas a professora queria se aventurar um pouco e recusou prontamente.

- Não, não, imagina! Não deve ser tão difícil e vamos andar por perto, quando viemos do aeroporto, não parecia tão ruim.

Gizelly já foi entrando no veículo, toda empolgada enquanto Rafa sentou ao seu lado. O carro deu uma brecada logo que ligou. Depois foi para um lado que não era o certo, até Gizelly se acostumar e respirar. Além do quê, o barulho do veículo não parecia tão normal. Rafa perguntou ao rapaz, onde poderia comprar um chip de celular para usar a internet na ilha, e prontamente foi respondida. Mostrando no mapa de papel, onde ficava a conveniência mais próxima onde podiam conseguir o objeto.

- Ok. Obrigado. Vamos amor!

E foram, bem devagar, tentando se acostumar com o volante. O problema, no entanto não era apenas o volante, e sim o trânsito caótico que viram ao pegar uma via local. Bali era linda, sua capital também. Mas não eram só as imagens do Google que viam em sua frente. Motocicletas com o condutor carregando quatro pessoas, charretes, carros em mão dupla, cachorros, galinhas, e até oferendas para Deuses em cada esquina. Não parecia uma boa ideia. Exceto para Rafa.

- Meu Deus que louco! Olha ali o cara com três pessoas na moto. Gente...

Passou uma caminhonete com vários adolescentes na caçamba, uniformes iguais indo para algum lugar, provavelmente a escola e ambas resolveram se arriscar.

- Vamos andar, vamos conhecer, agora quero ver essa bagunça! - Falou Rafa.

Quando as duas estavam de acordo, parecia fluir muito melhor. Gizelly meio medrosa, ficava confiante quando Rafa observava pelo retrovisor falando por onde ela deveria seguir, ou tomar cuidado com a ausência de placas nas vias. Ao mesmo tempo, conforme andavam, era impossível não se encantar pelo que viam. Os nativos pareciam todos iguais e a maioria vivia sorrindo. Bali em si tinha um clima diferente de todos os lugares que já haviam ido. Era comum andar e ver templos e spas, além de locais onde existia a prática de yoga a todo o momento. Mas uma coisa as duas já sabiam, precisavam respeitar as regras da casa. Não podiam visitar os templos sem trajes que respeitassem a religião local e assim fizeram, comprando roupas típicas, para as visitas que viessem a fazer nos dias seguintes.