Eu gosto

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   Gizelly sorria pensando: "Eu sabia!" Lhe devolveu o beijo no rosto enquanto caminhavam e respondeu:

- Eu sei que estava!

Logo Rafa se eriçou, chegaram até a lateral do bar, onde havia algumas pessoas fumando e conversando.

- Largou a morena do é o tchan e logo apareceu a Anitta! Coisa feia, professora!

Gizelly abriu um sorriso, vendo a cara ciumenta dela.

- Se uma era a morena do tchan e a outra a Anitta, quem é você?

Rafa se aproximou, ficando frente a ela e respondeu:

- Eu sou a Rafaella, oras! Rafaella Kalimann, com prazer!

Com o tom de voz um pouco mais baixo, Rafa indagou em seguida:

- Esperei você voltar pra mim, e porquê não voltou?

Gizelly envolveu os braços na cintura dela, ficaram bem mais próximas e com as bocas quase coladas.

- Eu fui. Mas você estava ali dançando. Deixando as pobres mortais no chinelo!

Rafa acariciou o rosto dela, mas ao mesmo tempo apertou seu queixo. A encostou contra a parede, impulsionando seu corpo contra o dela. Gizelly esperava que ela falasse algo, e Rafa esperava que ela lhe desse um beijo, e tomando conta do que achava ser verdade, Rafa a provocava:

- Você gosta. Eu sei que gosta... Dessa Brincadeira de gato e rato. Não é, professora? Gosta de ficar dando em cima, até conseguir!

Gizelly sorriu, e num certo tom de ironia respondeu:

- Mas eu não dei em cima! Eu parei! Se você não quer, não posso obrigar, estava satisfeita em ser só sua colega de trabalho, e quem gosta disso é você, eu não!

Rafa sorriu, olhando para os lados. Observou uma portinha na lateral do bar, que dava para a parte de traz.
Saiu a puxando pela mão outra vez, até atravessar. Chegaram até a traseira, onde podiam ver ao longe os garçons arrumando bandejas e o pessoal da cozinha falando.
   Viram quando um rapaz da limpeza saiu de um quartinho que guardava materiais de manutenção, e Rafa a arrastou pela mão outra vez.

- Você não tá pensando... - Disse Gizelly, ao entender o que ela queria fazer. - Você é doida?

- Tá com medo, professora? Você não viu nada! - Respondeu, andando mais rápido. - Vem!

Antes de entrar, Rafa olhou para os lados, o povo parecia distraído e muito ocupado, e não era tão iluminado quanto deveria.
Rafa a empurrou contra a porta, verificando se estava aberta, trocou um olhar rápido, mas o bastante para sentir a respiração uma da outra. O suficiente para a beijar ali mesmo.
O beijo vinha imponente, Rafa segurava o rosto de Gizelly com as mãos, ao mesmo tempo em que a porta abriu e entraram. Nem sabiam o que havia dentro. Enquanto se beijavam, tateavam as paredes em busca de um interruptor de luz até encontrarem um, e viram o local: vassouras, rodos, baldes, prateleiras arrumadas com vários materiais de limpeza, vários fardos de panos de chão novos e uma mesa plástica pequena, onde provavelmente as pessoas anotavam o que entrava e saia dali.

- Sabe que podemos ser presas se nos pegarem aqui?

Perguntou Gizelly, com o coração acelerado, o corpo e o rosto quente. Rafa abria os botões da camisa dela e afirmou:

- Se falar baixinho, ninguém vê a gente!

Rafa sorriu safada, mas arregalaram os olhos quando ouviram o que pareciam vozes.

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