Cap. 2 - Um mês.

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Zayn

Acordei lentamente, devido aos raios de sol embaterem nos meus olhos. Memórias do dia anterior vinham-me à memória e revirei os olhos perante tal coisa. Há uma semana exacta que nos mudamos e a cada dia Emma e eu discutimos mais. 

A tinta preta na parede já deve ter secado. Fiquei a noite toda a colocar o meu quarto em ordem, isso incluiu pintar as paredes. O meu quarto estava agora perfeito. Pintei os móveis de vermelho vivo e as paredes de um preto infinito, dando, à noite, um aspecto assustador, e de dia, um lugar perfeito. 

Preto e vermelho são as minhas cores favoritas por isso misto. Serem tão diferentes mas combinarem tão bem. É como na vida, os opostos atraem-se.

Toquei com a minha mão na parede, certificando-me que estava seco, e sorri ao perceber que sim. Espreguicei-me lentamente e cocei os dois olhos. Afastei ligeiramente os lençóis e os meus pés tocam no chão que, apesar de frio, estava normal para mim. 

Dei alguns passos até à porta, e quando a alcancei, rodei a maçaneta. Desci lentamente as escadas e não ouvia nada, a casa encontrava-se completamente em silêncio. Apesar de ter adormecido quase às cinco da manhã, parece que fui o primeiro a acordar. 

Vejo na bancada da cozinha um bilhete e decidi deixá-lo onde estava, provavelmente era para a Emma. Não tiro da cabeça o que estava escrito no seu facebook. Apesar de estar ligeiramente arrependido da minha atitude, que se foda. Odeio no que a minha família se tornou e vou fazer de tudo para a ter de volta.

Ouço alguém descer as escadas e assim que me encara, vira-se de costas. 

- Bom dia. Onde vais com roupa de educação física? - Deixo a pergunta escapar-se pelos meus lábios e amaldiçoo-me mentalmente. 

- Não tens nada haver com isso. - A sua resposta curta e fria mudou completamente o meu humor. 

- Fazes-me o favor de dizer onde está a comida ou também me deixas morrer à fome? Caralho. - Atiro secamente, igualmente. 

- Digo-te quando pedires por favor e vestires alguma coisa, ninguém anda de boxers nesta casa. - Informa-me, irritada.

- Porquê? Tens medo que o Harry se zangue se vires mais alguém nu? - Provoco-a.

- Epah, adeus. - Emma dá um passo, porém eu corro até ela e travo-a.

- Por favor. - Murmuro ao seu ouvido, derrotado. 

A verdade é que a comida não está nos armários. Então ou lhe pergunto, ou morro à fome. Sinto a minha pele embater no seu pescoço e vejo Emma arrepiar-se, ficando com pele de galinha.

Emma

A sua respiração no meu pescoço provocava-me uma sensação tão estranha. Senti borboletas na barriga mas assim que percebi o que estava a acontecer, abanei a cabeça e acordei, correndo até ao armário enorme, fechado à chave. O olhar de Zayn parecia seguir-me, apesar de ele continuar no mesmo sitio. Peguei na chave, abri o armário e retirei de lá tudo o que ele poderia querer comer. 

- Acho que também fico para tomar o pequeno-almoço. - Mumuro para mim própria. 

Retiro duas taças de um outro armário e sento-me. Zayn, apesar de olhar para tudo atentamente, escolheu os cereais, tal como eu, e do nada, simplesmente mos retirou da mão. 

Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora