10 meses depois
Emma
Eu sei, leitores. Eu sei que estão a aguardar pelo grande milagre, onde o amor da minha vida vive e a mãe de Zayn, mesmo com boas intenções, vai presa.
Eu também esperei por esse milagre, sabem? Levaram o seu corpo inanimado para uma sala e horas depois trouxeram-no para uma última despedida. A companhia fúnebre antes de o transportar deu-nos esse privilégio. Passei a porra daquele dia inteiro a falar com o cadáver do meu namorado com tanta esperança... Tinha aquele pressentimento que a qualquer momento os seus olhos iriam abrir e o doce som da sua voz escapasse pelos seus lábios, pronunciando a frase que eu tanto queria ouvir novamente.
Depois disso, levaram o corpo.
Fui para a minha habitação de rastos e apenas com o apoio incondicional do loiro, que praticamente me levou ao colo, só para encontrar cinzas no lugar onde outrora podia chamar de casa. Inúmeras luzes provenientes das sirenes, tanto da polícia como dos bombeiros.
Não fazia ideia do que se havia passado, e até hoje ainda não o faço, ao ver a minha casa destruída no dia em que quase desistia do meu bebé e o meu namorado faleceu... desmaiei.
E tudo isto foi agora escrito em cima, apenas para vos preparar para a chegada deste mesmo parágrafo. Aqui estou eu, frente a frente com a maldita pedra que...
Para quê descrever? Para que irei eu gastar mais palavras cruéis a escrever frases, quando todos vocês sabem onde eu estou e o que me encontro a fazer?
"Zain Javadd Malik - 1997 - 2016 - "Viver era uma porra, obrigadinho morte"
Esta é a frase que Zayn aparentemente quis escolher para a sua lápide, e que posso eu fazer a não ser rir? Só mesmo este idiota para mandar colocar isto na pedra que o identificará por gerações e gerações futuras.
Passei os primeiros cinco meses a perguntar a um homem morto porque me havia mentido. Este disse que ficaríamos juntos para sempre, que iríamos ser felizes, ter filhos, mas nunca casar, uma vez que o coitadinho odiava casamentos e não podíamos contrariá-lo (sintam a ironia).
Contudo não o culpo mais. Devia, mas percebi que não valia a pena. Ele não iria querer que eu passasse a minha vida inteira a culpá-lo por algo que não teve culpa, certo?
Limpo lentamente as lágrimas quando ouço Safaa choramingar, provavelmente com fome ou com frio. Deposito o meu ramo de flores na sua campa e acendo as velas que havia colocado antes de começar a falar comigo mesma no meu subconsciente.
Levanto-me e limpo as calças de ganga rapidamente, deslizando as minhas mãos trémulas pelo carrinho da minha filha. Assim que esta me vê, liberta um sorriso honesto e puro. Os seus olhos castanhos claros e os seus lábios curvados fazem-me sempre petrificar por uns segundos. É como ver a cara chapada do seu pai...
Agitei a cabeça para ambos os lados rapidamente, numa tentativa de limpar todas as recordações que me atormentavam. Caminho em direção aos portões de ferro pretos, sempre com cautela e com o pressentimento que desde o dia em que o Zayn morreu me atormenta:
O facto de me sentir observada.
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EU SEI QUE O ZAYN NÃO NASCEU E 1997 E SIM EM 1993, MAS ELE TEM 19, POR ISSO TIVE DE ALTERAR A SUA DATAA
BJS! :)
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Step-Brother [Z.M]
Fanfiction"E eu não queria acreditar, acreditar que era verdade. Acreditar que o meu maior pesadelo virasse o meu maior sonho. Acreditar, que estou totalmente, completamente, incondicionalmente, apaixonada pelo meu meio-irmão." * A vida de Emma vai mudar dras...