Cap. 26 - Loucura

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Mia

Ainda nos encontrávamos na festa da escola. A Emma saiu daqui à cerca de 30 minutos. Faltam quatro minutos para a meia-noite. Acho que por dentro não queríamos deixar este lugar, além disso ela está bem, de certeza. Neste momento, pedia esclarecimentos a Harry, que jura a pés juntos não ter estado com a Emma.

- Não foste mesmo tu? Não me mintas. - Encarei-o, séria.

- Já te disse que não, Mia. Eu fui procurá-la, estive este tempo todo à procura dela. - Não consegui absolutamente nada devido à música alta proveniente deste lugar.

- O QUÊ?! - Gritei-lhe praticamente ao ouvido.

- Eu disse que estive este tempo todo atrás dela! Merda de música, nem nos deixa falar! - Berra igualmente alto e perto do meu ouvido.

- Sabes uma coisa?! A música não é uma merda, vamos aproveitar esta festa, foi por isso que viemos! - Puxo Harry por uma mão em direcção à multidão, embora este esteja contrariado.

- Mia, eu já não estou completamente sóbrio! - Rio-me perante a sua afirmação.

Estávamos no meio da multidão. Os meus braços estavam em volta ao pescoço do Harry, em contrapartida, as mãos dele estavam na minha cintura. Ambos nos começamos a movimentar a um ritmo intenso.

- Com que então ele dança! - Berro. Um pequeno sorriso aparece na boca do Harry.

- E também sei cair. - Ele retalia, entre gargalhadas.

As nossas faces aproximam-se do pescoço um do outro. Estávamos completamente colados um ao outro. A contagem decrescente para a meia-noite estava a ser feita. Em 58 segundos, a verdadeira festa vai começar, vamos, literalmente, alargar a festa, indo a todos os cantos da universidade e não apenas este ginásio, que nos fora fornecido pelo director da escola.

Vislumbro o Harry. Este, prestava atenção a todos os passos que fazia, sem nunca retirar um sorriso do rosto. Curvei os lábios automaticamente. Ele é muito talentoso. Devia tentar a sua sorte no mundo do espectáculo, e não neste curso, de línguas e humanidades.

- Estás a pensar em mim que eu sei. - Ouço a sua voz na minha orelha, e só aí percebi que estávamos ainda mais próximos

- Estou a pensar que és muito talentoso. Porque escolheste este curso?

- Por causa da Emma, ela pediu-me, pois teríamos horários bastante idênticos... - O seu sorriso desaparece por uns momentos, mas ele logo retorna a colocar um. - Hoje fui assistir às aulas dela e no final convidei-a, obviamente ela recusou.

- Devias seguir em frente. - Aconselho. - Existem muitas mulheres que gostam de ti, mulheres que estão diante de ti e tu nem prestas atenção. Pessoas que te fazem sorrir. E mesmo assim, tu não reparas.

O seu olhar fixa o meu incessantemente. Os seus olhos cor de esmeralda parecem analisar cada feição do meu rosto, como se me quisesse recordar para sempre. Estávamos frente a frente. Todos à nossa volta executavam passos de dança, mas nós não. Tínhamos parado no tempo.

A mão de Harry toca na minha face. Não me movi, invés disso, continuei a encará-lo, um pouco confusa. Parecia ter um nó a formar-se na barriga. Ansiedade. Sentia, sem dúvida, ansiedade.

As nossas caras chocam uma com a outra. Harry junta os nossos lábios violentamente, apanhando-me desprevenida. Exactamente ao mesmo tempo, a contagem zerou.

Não sei como reagir. Apenas sei que o meu corpo não quer descolar-se ao dele. Os seus lábios moviam-se em perfeita sintonia. Tudo nele, subitamente me parecia perfeito: O seu hálito perfeito; os seus músculos; o seu cabelo encaracolado.

Vejo as suas mãos irem em direcção à sua camisola e imediatamente o travo.

- Aqui?! Nem penses! - Coro inevitavelmente.

- Estão pelo menos dois mil estudantes aqui, mal cabemos neste lugar, ninguém vai reparar. - Observo-o morder o lábio e imediatamente autorizo, voltando a colar os nossos lábios.

As minhas mãos descem rapidamente pelas costas de Harry. Assim que encontrei o final da sua camisola, puxei tudo para cima, expondo a parte de cima do seu corpo a todos os presentes nesta sala. E não é que ele tinha razão? Ninguém reparou que ele estava sem a camisola.

O nosso beijo era selvagem e agressivo, estávamos sedentos por aquilo. Ambos nos queremos um ao outro, apenas estávamos cegos para o ter. Desde o quarto ano que tive um fraco por ele, mas à três anos este mesmo desapareceu, voltando em força, agora mesmo.

O nosso corpo estava completamente colado, no entanto Harry arranjava formas de nos aproximar ainda mais. Às vezes, a meio do beijo, abria os olhos para ver se ninguém nos via, nem mesmo Niall. Pobre coitado, foi apenas à mesa dos aperitivos e já deve estar louco à nossa procura.

- Harry? - Murmuro no seu ouvido e ele responde-me, com a voz completamente rouca, enquanto me beijava o pescoço. - Não quero desmancha prazeres, mas o Niall, ele deve estar feito louco à nossa procura, e tu sabes que este ginásio não é pequeno, mas também não é enorme.

Ouço alguns resmungos provenientes dele. Os seus lábios colam-se novamente aos meus num beijo, meio bate-chapas, meio normal. E eu estendo-lhe a mão, com a sua camisola.

Enquanto ele a vestia, desviei o meu olhar para a esquerda, vendo Niall a olhar para nós, literalmente a morrer a rir. Corei instantaneamente.

- UM BRINDE À MIA E AO HARRY! - Ouço-o berrar do outro lado com cinco amigos.

Imediatamente me escondi atrás do Harry, devido à vergonha, este apenas ria, não parecia afectado com isso, como se também ele queria que fossemos namorados.


Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora