Step-Brother [Z.M]

Capítulo 110 - Desconfianças

Jake

- E se a pirralha não voltar? - Pergunta o meu melhor amigo, preocupado. - A Emma também é da nossa preocupação, o nosso objectivo é matar os três. 

Gargalho perante o assunto e dou mais uns goles na minha cerveja. 

- Mas a Mia não precisa de saber disso. - Curvo os lábios. - Se ela for um problema só temos de a matar, aquela ferida na barriga não irá desaparecer nem daqui a uns cinco meses e ela terá sequelas e alucinações nos primeiros tempos. O cérebro não está recuperado. Está fraca. 

Visualizo novamente a foto do meu pai e pergunto-me uma vez mais como um bando de adolescentes o pode ter derrotado.

- E como é que te vais aproximar da Emma agora? O TJ esteve a seguir os dois até uma praia e eles não só se beijaram, como fizeram sexo. - Austin volta a colocar aquela sua cara assustada. 

Aproximo-me dele e deposito-lhe um breve beijo selvagem nos lábios, seguido de uma mordedela no lábio inferior, à qual ele suspirou inevitavelmente.

- Eu já pensei em tudo e eles irão se separar muito, muito em breve. 

O louro apenas assente, olhando-me com desejo. É bom sentir que controlo todos por aqui. O meu pai tinha escravos leais. Eu manipulo. Sei que Austin me deseja e uso isso em meu favor, livrar-me-ei dele caso algum dia a policia interfira nos meus planos, como fizeram com o rapto da Emma. 

Quem eu realmente pretendo comer é a doce Emma e eu sei exactamente como o fazer. 

Penso que o meu pai cometeu um enorme erro ao matar Penny. Ela provou o seu valor e nesta altura do campeonato seria perfeita. Assim que Emma estiver dividida e confusa, eu estarei ao seu lado. Penny poderia facilmente conquistar o Zayn quando este estivesse débil podia trazê-lo para a nossa cilada. 

Mas não há problema, pagaremos a uma pessoa qualquer parecida com a irmã que meu pai matou. 

- Pergunto-me o que tens na tua cabeça e que planos estás a tramar já para o futuro. - O seu braço rodeia-me e Austin roça o seu membro no meu rabo. 

Reviro os olhos secretamente e volto-me para ele, dando um último gole na cerveja e atirando-a contra a primeira parede que vi, fazendo a garrafa estilhaçar-se em pedaços.

- Tudo a seu tempo. 

Dito isto, beijo-o ferozmente e rasgo a minha t-shirt, deixando-o com as pernas bambas só de ouvir o barulho.

Emma 

Continuava incrédula e com a mesma reação por pelo menos cinco minutos. A minha melhor amiga estava viva e bem diante de mim. Um pouco pálida e com a mão constantemente na barriga, contudo viva.

- Digam algo. - A minha melhor amiga gargalha um pouco perante as nossas reações. 

- Err... eu e o Zayn somos meio-irmãos e estamos apaixonados? - Digo a primeira coisa que me lembrei. 

- Eu sei, eu quase morri muito depois disso. - Sorri e tenta conter o riso. 

- Eu não sei o que dizer. Onde estavas e... como sobreviveste? - Zayn voltou a insistir pela milésima vez.

Lanço-lhe um olhar reprovador e vejo que ele apenas nega com a cabeça, como se não estivesse satisfeito com o facto dela não responder. 

Céus, todos tão desconfiados. O Niall, que era o mais divertido, era o que mais encarava o policial Jake com mais suspeitas. 

- Não precisas de responder a nada. - Reconforto-a e esta assente, olhando para Zayn como se estivesse chateada. 

Zayn

- Pensei que éramos amigos, para quê as desconfianças? - Apesar da sua voz ter sido calma e angelical, a pergunta caiu-me mal. 

Não faz sentido ela não ter dado entrada em nenhum hospital, pois só com equipamentos hospitalares ela poderia ter uma mínima chance. Como se não bastasse, falsificaram a sua morte. 

- Oh... - Reparo que ambas olham para mim, aguardando por uma resposta. - Tu sabes porquê, Mia. 

Sou breve, e vejo-a desviar o olhar como se quisesse contar mas tivesse medo. Sei que se voltar a perguntar a minha miúda vai ficar zangada e o que eu não quero, de todo, é voltar a ficar chateado com a Emma. 

Não agora que nada nos pode separar, nem mesmo a sua amnésia ridícula. 

Mas não importa que ela não se lembre de nós. Pois juntos, criaremos novas e mais felizes memórias.