Capítulo 51 - Vitória, vitória, acabou a história.

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Penny

A porta é aberta. Assim que o moreno fita o sofá, petrifica. Aqui estava eu, sentada, com uma perna sensualmente cruzada, com dois copos de champanhe do mais caro possível. 

- Olha, vou para o meu quarto, deixo aqui a porta aberta para quando quiseres desaparecer da minha vista. - Zayn grunhe, contraindo os músculos da cara, demonstrando a sua raiva.

- Querido, eu só saio daqui quando celebrar-mos o facto de teres acabado com a Emma. Qual é? Uma cabra gosta sempre de brindar em ocasiões negras. - Cuspo, fazendo-o utilizar uma cara de nojo e pontapeando a porta para ela se fechar.

- Não sabes o que é baza?! - Berra, tentando intimidar-me.

- Descubro o significado da palavra quando deres um gole no champanhe, comprei só para ti.

- Vindo de ti ainda tem é veneno. - Ironiza, revirando os olhos. - Podes sair da minha propriedade, ó fufa?

- Sabes bem que com lésbicas eu não me meto. Esse nome não foi feito para mim, de todo. Achas que eu era capaz de colocar veneno? Por amor de Deus Zayn, eu sei que nunca estarás comigo. Eu admito uma derrota. Prometo sair daqui, se brindarmos ao facto de terem conseguido humilhar-me. O vosso amor ganhou. Mesmo expulso de casa continuas com ela, e isso merece um brinde.

- Penny, estás bem? - Zayn goza. - Estás a brindar à tua prostituição? Só pode. 

- Olha, sabes uma coisa? Vim aqui de boa fé, admitir o meu erro, comprei-te esta bebida. E tu humilhas-me? Rebaixas-me? Esperava mais de ti. - Faço-me de cabisbaixa. - Tens razão, o melhor é ir embora.

Sinto o meu braço ser travado por ele e sorrio maliciosamente. Está no papo. 

- Um copo, e a seguir pões-te a andar daqui. Eu ainda não estou convencido dessa tua misteriosa bondade, mas se queres saber, foda-se, preciso de afogar as minhas mágoas em algum lugar. 

- Mas é claro! - Dou-lhe o copo para a mão. - Vamos lá, vamos brindar ao vosso amor interminável.

Olho de lado para o Zayn, esperando que ele engula aquela porcaria. Vejo o vidro fino colidir com os seus lábios, a bebida é derramada para a sua boca e ouço o som do gole feito por ele ser produzido. Os meus lábios curvam-se e pouso o meu copo na mesa. 

- Não bebes? - Pergunta-me. - Querias tanto um brinde e nem tocas na bebida. 

- Lembrei-me que sou alérgica a este champanhe. É diferente dos outros, para não falar que mais caro. 

- Agora que já bebi até ao último gole, podes por-te na rua? - O seu tom de voz torna-se mais agressivo. - Cumpri a minha parte, agora cumpre a tua.

- Só mais um pouco, eu não tenho amigos, adoraria conversar contigo.

- Olha, amiga, tu tens cola, mas infelizmente é fraca. Comigo isso não vai a lado nenhum. Rua! - Ele berra.

Subitamente, encosta-se à porta, tentando manter o equilíbrio. A sua mão direita vai aos seus olhos e o moreno desata a grunhir de dor.

- Ai, estou a ver tudo a roda, merda! - Queixa-se. - Mas que porra...?

- Queres que chame o 112?! 

- Sim, queres o meu telemóvel? 

- Sim! - Ele vai até ao bolso, retirando de lá o aparelho. 

Quando me ia virar, vejo-o tombar no chão. Os seus olhos começam-se a trocar e o solo fica todo babado. Pensei em tirar uma fotografia, mas a Emma já irá espalhar a noticia. Ligo o seu telemóvel, vendo um código de desbloqueio. 

Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora