Capítulo 64 - Sem espinho-- Au!

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Emma

Fecho a porta com o trinco, sentindo-me finalmente segura, e atiro-me para o sofá, pensando no que acabara de acontecer. O meu coração ainda batia a uma velocidade enorme com os acontecimentos dos últimos vinte minutos.

Fecho os olhos conforme o sofá me vai parecendo mais acolhedor, porém, sou interrompida pelos passos que se ouve no tecto, vindos do meu quarto, visto que o mesmo está posicionado por cima da sala.

Espera, o quê?

Abro abruptamente os olhos, elevando o meu corpo e correndo escadas acima. Sem pensar nos riscos ou em que problemas me poderei meter, caso seja um assaltante, abri a porta, vislumbrando o quarto totalmente impecável, todavia, com a janela aberta.

Procuro em todos os cantos por alguém. Debaixo da cama, dentro do armário, na casa de banho, na cortina da casa de banho, etc.

Enquanto procurava, vi uma rosa totalmente vermelha, linda e perfeita, sem qualquer espinho aparente. Um pequeno cartão estava por baixo da mesma e apresso-me a abri-lo.

"Sem espinhos, tal como tu, sem defeitos."

Corei de imediato. O Zayn mudou mesmo, nunca me havia oferecido nada. 

- Emma, cheguei princesa! - Ouço-o gritar, do andar de baixo, e saio do quarto, descendo as escadas. 

Assim que olho de alto a baixo para o moreno, atiro-me a ele, beijando-o sem mais demoras.

- Estou a ver que já não coxeias. - Gargalha. - Entrei na escola e... err... quem te deu isso? 

- Parvo. - Revirei os olhos. - Gostei da surpresa, meu lindo e musculado ninja, mas fica a saber que me assustaste. 

- Emma, não estou a perceber... 

- Como assim? Não foste tu que me a deste? - Coloco o dedo mais para cima, picando-me num espinho. Grunho de dor e, com o susto, deixo-a cair.  - Achava que não tinha espinhos.

O moreno de olhos castanhos parece ver algo naquela planta e pega nela, retirando um papel pequeno que estava metido no meio das pétalas, que ficou exposto com o movimento em queda a que se submeteu a rosa.

- Se te picaste, tens um defeito, e, quem tem um defeito é eliminado. - Lê.

Limpo rapidamente o pouco sangue que estava no polegar e sento-me no sofá, lembrando-me do que havia acontecido no caminho para casa.

Conto-lhe?

- Olha... - Começo, todavia, sei que, caso ele saiba, muito provavelmente ficará vinte e quatro sob vinte e quatro horas a vigiar-me. 

- Sim? 

- Nada. - Respondo rapidamente, - Deve ser só uma partida, ignora. 

O seu corpo senta-se ao meu lado e o meu namorado puxa-me mais para si, beijando a minha testa. A sua preocupação é notável e eu apenas me aconchego mais nele. Que saudades tinha de o sentir.

- Eu estou aqui. 

- Sempre estiveste. - Sussurrei, fazendo-o estremecer com as minhas palavras.



Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora