Cap. 20 - Dúvidas

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Emma

Fechei a porta. Estávamos em casa, finalmente. Um silêncio constrangedor reinou durante todo o percurso. Zayn mantinha as mãos nos bolsos e eu apenas ficava encolhida. Mantinha os meus olhos no chão sem nunca os desviar dali.

- Olha... sobre aquilo qu--

- Esquece, Zayn, apenas esquece. - Corto imediatamente.

- E se eu não quiser esquecer? - Murmura.

Aquela frase imediatamente me despertou um monte de dúvidas.

- Zayn, esquece aquilo, é melhor. - Advirto.

Subi as escadas e entrei no meu quarto apressadamente. Suspirando atrás da porta. Uma vez colada a esta, deslizei sem pensar duas vezes, acabando sentada no chão do quarto. O meu olhar imediatamente cai na cadeira onde Zayn esteve a dormir.

Abano rapidamente a cabeça.

Os meus olhos atraiçoam-me novamente, fazendo-me encarar a janela, onde Zayn tinha a abelha na sua mão, para me salvar.

- Emma?

Deixei um pequeno grito escapar da minha boca, devido ao susto. Não queria falar com ele. Corri até à casa-de-banho e liguei a água no máximo, fingindo estar a tomar banho. Voltei, então, até à porta para ter a certeza que ele não a abriria.

Um barulho proveniente do lado de fora fez-se ouvir novamente, dando a entender que a sua cabeça bateu levemente na porta.

- Não sei se estás aí... mas, só queria dizer que... - Ele trava-se a si próprio. - Só queria dizer que todo este tempo te tratei mal por medo. Mas percebi que, mesmo longe, posso estar com a minha família. Então... o medo se foi. E agora percebi que cometi erros, e o maior deles todos foi te ter tratado como tratei.

A minha mão toca na maçaneta. Pondero em abrir, mas ao mesmo tempo, não o quero fazer. Estou confusa. E ele é a fonte de todas estas dúvidas. Não posso cortar a raiz do problema, porque não posso, e, sobretudo, porque não quero.

- Emma, eu não costumo pedir desculpa a ninguém. - Rio-me baixinho. - Então... apenas aceita, por favor. Eu sei que fui um filho da puta, um fodido do caralho, e sobr--

- Cala-te. - Digo arrogantemente, abrindo a porta. - Não te chames nomes, nunca mais. Não tiveste culpa. Tinhas medo, e é compreensível.

Os meus braços rodeiam o seu pescoço, e eu imediatamente o abraço, sem pensar duas vezes.



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