Capítulo 55 - Matas a Emma? Atiras-te à morte

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Zayn

A campainha faz-se soar pela universidade e o barulho de toda a gente a levantar-se é inconfundível. Permaneci sentado, a desenhar a cara da Emma no meu caderno. Tenho imenso jeito para arte, quer seja dança, canto, representação ou desenho. Quando estou deprimido canto, quando estou aborrecido desenho, quando estou feliz represento e danço. E neste momento, imagino-me a cantar enquanto faço detalhadamente a cara da Emma no meu caderno de Geometria.

- Toda a escola fala de ti... - Ouço a voz de Mia atrás de mim. - Não devias andar tão sozinho, o Louis e o Liam estão por aí, devias ir ter com eles. 

- Professora, posso entrar? - A voz de Penny é inconfundível e levanto o olhar, já me preparando para lhe socar o caralho da cara caso ela me viesse provocar.

A nossa stôra imediatamente assente e a sua face vem sorridente até ao nosso encontro, o seu corpo segue rumo pelas pequenas escadas com acesso às nossas secretárias e o destino da cabra é apenas um. 

Nós.

- Podias parar de sorrir? É que esse dente todo partido mete-me impressão. - Mia cruza os braços e arregalo os olhos, ela nunca foi de responder ou começar uma discussão. - Devias ter ficado sem mais dois. 

- Lol, vem a pequena começar uma discussão. - A loira oxigenada responde, sem conseguindo prenunciar a letra s pelo dente partido bem no meio da boca, assim que a ouvimos dizer 'discufão', desatamos aos risos. 

- Começo a "discufão" que eu quiser, querida. Separaste duas pessoas que se amam, sendo o casal, por coincidência, os meus melhores amigos. Mas queres saber uma coisa? Eu tenho as minhas duvidas. O Zayn não trairia a Emma. Acredito na inocência dele. Toda a gente diz que és burra, mas será que a tua inteligência não é superior à nossa? Se calhar, para o que te cheira, és bastante persuasiva e perspicaz. O erro da Emma e do Zayn foi subestimarem-te. - Penny cerra as mãos, tentando controlar a raiva. Eu apenas sorria por alguém acreditar em mim... A Mia não duvida da minha inocência, isso é tão reconfortante.

- O Zayn tem fama, nunca ouviste dizer? Ele, de facto, traiu a Emma. 

- Ou então drogaste-o. - Mia ri da estupidez que supostamente disse e a minha vontade é ignorar a chantagem que a vaca fez em minha casa e gritar a todos que, na verdade, a melhor amiga da Emma tinha acertado em cheio.

Penny contou-me que a droga que ela usou em mim ainda está algures em minha casa, e que, caso eu dissesse a alguém o que aconteceu de verdade, ela ligaria à policia e diria que eu era traficante... 

- Que absurdo. - Ri sem graça, piscando-me o olho e aproximando-se do meu ouvido, sussurrando. - Se pensares em contar alguma merda para os teus amigos, a Emma enquanto dorme pode beber elevadas quantidades de água envenenada. 

Arregalo os olhos, levantando-me da cadeira e socando-a ali. Naquele momento. Não dou uma merda para a universidade. Eu estava reprovado por faltas, compareci hoje e ainda nem sei se voltei a entrar porque o director está confuso. Não dou uma merda por espancar a Penny, ela merece isto! Um novo soco é depositado e os meus olhos não desviam dos dela nem por um segundo. Ouço a professora gritar, escandalizada, assim como Mia que tenta me separar desta cabra, sem sucesso. As minhas mãos vão até ao pescoço da loira e eu esgano-a com toda a minha força, vendo a sua cara ficar vermelha imediatamente. 

- Eu parto-te o focinho, eu garanto que te fodes se tocares na Emma, em um cabelo que seja, sua prostituta que nem para isso sabes ter vocação! - Berro, vendo-a desfalecer, sem ar.

- Hey, hey! - Ouço a voz de Louis e de Harry ao longe, porém ignoro, vendo os olhos da loira tentarem se manter abertos enquanto ela suplica por ar. Um sorriso aparece-me no rosto ao ver o seu sofrimento. 

- O teu sufoco foi o que eu senti no fundo do meu coração quando fui para a cama com uma puta como tu, desgraçada. - O meu tom de voz parece calmo mas por dentro eu berrava.

Fui afastado e segurado pelos dois rapazes. A vadia cá da escola tossia desalmadamente, tentando a todo o custo receber todo o ar, dentro do possível, nos seus pulmões. A minha cor dos olhos fitou as lentes de contacto cor-de-rosa dela e por apenas está ação, a rapariga havia entendido que da próxima vez eu não teria misericórdia.

- Gabinete disciplinar imediatamente, rua!


Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora