Emma
"- Por acaso, estás é no meu.
Tento conter o riso, mas ver o Zayn com o meu urso de peluche cor-de-rosa é uma memória rara, não voltarei a ver algo assim novamente.
- O quê?! - Este eleva-se à velocidade da luz, mas imediatamente se arrepende da sua ação, quando esta lhe traz uma dor de cabeça enorme. - Que porra, está a latejar de caralho.
- Podias moderar o teu vocabulário, em um mês de convivência contigo, ainda não te vi calado cinco minutos sem libertares um palavrão.
- Nas aulas não digo.
- Pois não, escreves. O que vai dar ao mesmo. - Zayn coloca a sua típica cara de indignado, mas rapidamente esta se passa a assemelhar a uma mistura de dúvidas pressagias em sua mente.
- O que faço no teu quarto? - A surpresa atinge-me. O que quer ele dizer com tais palavras? Ele não se lembra que ficou tão bêbedo que tive de o rastejar até ao meu quarto, despi-lo e deitá-lo e ainda lhe dar uma estalada para ele amuar até adormecer?
Pior, ele não se lembra que... nos beijamos?"
"Uma vez lá dentro, deslizo pela porta, relembrando esta manhã, onde fiz exactamente o mesmo. Um grupo de raparigas aparece de rompante de um lugar qualquer da casa de banho. O seu olhar fita o meu por uns segundos e ambas cochicham logo em seguida. Deixei um grunhir pequeno sair dos meus lábios. Estou farta que as pessoas abusem e falem o que querem de mim.
- Se voltarem a falar de mim acabam no caralho do caixote do lixo. Cambada de putas. - Cuspo. Afasto-me da porta e todas correm para fora deste lugar, assustadas.
Fui rude. Parecia até o Zayn. Mas não quero saber. O problema da sociedade hoje em dia é não respeitarem os outros e falarem mal destas. Cada pessoa tem os seus defeitos e problemas, lidem com isso, custa muito? Que nojo!
A porta abre-se novamente.
- Zayn? - A surpresa atinge-me por completo.
Oh céus, deixa-me estar sozinha!
- Emma. - Este sussurra, fechando a porta por dentro. - Conta-me. O que aconteceu naquela noite. O que eu te fiz, tudo, por favor. Eu não posso lidar mais com este teu eu.
- Descobre sozinho. - A arrogância, uma vez mais, predomina no meu tom de voz.
Zayn debruça-se, ficando da mesma altura que eu, visto que me encontrava no chão. Segurando firmemente no meu queixo, este inclinou a minha cabeça para cima, fazendo-me automaticamente encará-lo. Olhos nos olhos.
O seu rosto aproxima-se do meu, a mão direita pousa delicadamente no meu pescoço e o seu pulgar contorna cada pequena feição da minha face. Os meus olhos fecham-se quase que involuntariamente, só para tentar apreciar o seu toque com maior intensidade.
- Está perto, estou prestes a descobrir? - A sua voz rouca e bastante baixa, fora ouvida.
- Está a escaldar. - Revelo, engolindo um seco.
Zayn passa levemente o nariz pelas minhas bochechas. Sinto a sua respiração colidir com estas e mordisco o lábio inferior direito. Tenho de admitir, sóbrio, o Zayn é muito mais experiente com isto.
Os meus olhos analisam atentamente os seus lábios. Um desejo forma-se em mim e sinto que sou capaz de endoidecer se não os sentir novamente. O meu estômago dá o famoso nó. Numa questão de segundos, os seus lábios colidem brutalmente com os meus, como se eu fosse uma droga e Zayn estivesse dependente, como se eu fosse uma necessidade, algo que ele necessita constantemente."
Levanto-me bruscamente e sinto o loiro ao meu lado dar um pulo, assustado com tal reação da minha parte. Levo as mãos ao cabelo, tentando digerir as últimas horas.
Ainda não tive a oportunidade de contar a todos que recuperei a memória e sinceramente eu não quero.
Não quero!
Não quero recuperar a memória, agora não o quero! Preferia ficar na ignorância, mudei de ideias! Porque agora que eu sei quem o Zayn é... custa tanto, meu Deus!
Dói! Porque se ele morrer eu saberei que foi por minha causa, porque eu não me lembrei dele e apesar de tudo, ele ainda correu para me salvar! Depois de o ter mandado embora, de ter terminado com ele e o ter julgado, ele ainda veio tentar salvar-me daquela misera ambulância!
Porquê agora?! Porque é que foi preciso isto acontecer para eu me lembrar?!
PORQUÊ?!
Eu exijo respostas mas nada tenho. Nada! Rigorosamente nada. Sou só eu e os meus pensamentos barulhentos que me levam ao cúmulo e me deixam doida!
- Emma... - A mão de Niall entrelaça a minha.
Giro a cabeça e fito-o por longos segundos, tentei conter o choro com toda a força, mas eu desabei. Eu tentei ser forte, mas não consigo.
Tudo o que nos anda a acontecer em relativamente pouco tempo é de doidos! Quando teremos paz? Quando teremos felicidade?
Quando teremos a nossa história feliz?
Exatamente.
Mais perguntas sem respostas.
E saber que terei um bebé dele ainda me custa mais.
Sim, sim, eu sei de tudo! Eu acordo ao menor barulho e ouvi tudo. O Zayn não pode esperar para sempre por um transplante e eu não sei o que fazer!
Não quero perder o meu filho, a prova do nosso amor, uma vez mais! Só Deus sabe o quanto custou da primeira vez.
Mas se não o fizer... se não abdicar da minha vida... posso perder o Zayn.
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olá amigas anónimas, sejam umas queridas e comentem que desfecho querem: emma ou trisha. Sim, a história poderá não chegar a 200 capítulos como eu inicialmente esperei, mas de uma coisa tenho a certeza, já estou a escrever o final deste pequeno arco que é o coma do Zayn e são vocês, aqui e agora, que decidem o final, então mesmo que até aqui apenas tenham lido e não comentado, peço que deixem apenas o nome, qualquer coisa (exemplo E de Emma e T de Trisha), uma vez que são vocês que decidem quem dará a vida por zayn.
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Step-Brother [Z.M]
Fanfiction"E eu não queria acreditar, acreditar que era verdade. Acreditar que o meu maior pesadelo virasse o meu maior sonho. Acreditar, que estou totalmente, completamente, incondicionalmente, apaixonada pelo meu meio-irmão." * A vida de Emma vai mudar dras...