Capítulo 65 - Larry... cof, cof!

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Louis

Bebia um café para me manter acordado agora que o sono ameaçou por fim aparecer. Fiquei a noite em claro a vaguear nos meus pensamentos, que, por acaso, me levavam todos a uma pessoa. 

O Harry. 

Até me custa pensar nisto, ele está com a Mia e eu aqui com estas coisas, não é justo para ela nem saudável para mim.

- O que estou para aqui a imaginar? - Murmuro, levantando-me bruscamente, fazendo a cadeira quase tombar para o chão. 

O telefone de casa começa a tocar e eu imediatamente me digiro até lá, a passos bem largos. Ao me aproximar pude visualizar o nome "Hazza" a piscar de segundo a segundo. Imediatamente curvei os lábios.

Meu Deus, acalma-te Louis.

- Sim? - Digo, assim que o meu dedo prime o botão verde.

- Eu e a Mia vamos dar um passeio com o Niall e o Liam, também queres vir? - Pergunta, numa voz um pouco sonolenta. 

- Adoraria. 

Por muito que tente desfazer o sorriso, ele insiste em ficar na minha cara e sinceramente, até já me começa a doer os músculos.

- Então até já. 

A chamada desliga e eu permaneço com o telefone no ouvido, pensando em todos os momentos em que estivemos juntos. Quando finalmente desço à realidade, mando o aparelho para cima do móvel sem sequer me importar com a bateria que ficará a perder.

Liberto um pequeno suspiro, cantarolando pelo meio envolvente em que me encontro. 

- Vou-me deitar só por cinco minutos, se não, chego à beira deles como um zumbi. - Falei comigo próprio, atirando-me para o sofá da sala e fechando os olhos. - Um repouso pequeno não faz mal a ninguém.

A preguiça fez do meu corpo uma pedra e aquele quente macio que nos proporciona conforto e aconchego ficara agora presente, para massacrar-me. Tentava me manter acordado, pois não iria dormir em cinco minutos. Todavia, o meu corpo estava contra mim. 

Simplesmente, eu... tinha demasiado sono...

Harry

Bati à porta e esperei nervosamente. Faz duas horas que o encontro no parque havia acabado e Louis não apareceu, me deixando bem preocupado. Será que aquilo que aconteceu com a Emma... oh merda!

Arrombei praticamente a porta, gritando pelo nome do Louis. Porém, não obtive qualquer retribuição da sua parte. Se o Joseph anda atrás da Emma e o raptou para a chantagear, eu vou acabar com ele, mas juro que vou.

Corri até à sala, vendo um corpo estendido no sofá. Assim que vislumbro Tomlinson, praticamente grito de alivio, fazendo-o quase cair do sofá com tal barulho ensurdecedor.

- Cabrão! - Corro até ele, agarrando-o pelos colarinhos. - Assustaste-me, nunca mais faças uma merda destas.

O meu olhar finalmente analisa-o de alto a baixo e contemplo os seus boxers pretos como seu único vestuário de baixo. Arregalo os olhos e engulo um seco, voltando-me para a parede. Começo a corar e... oh foda-se, o que se passa comigo? 

- Estás bem? - Louis pergunta, espreguiçando-se ao meu lado.

- Claro. - O espaço das minhas calças parece diminuir e...

Espera, quê?

- Podes diminuir o teu tamanho? - Ele gargalha, vestindo as calças, ainda lado a lado comigo.

- O quê!? Louis! - Berro, tapando as partes baixas.

- O que foi? Harry... referia-me à tua altura... - A sua confusão está estampada na cara.

Entrando em pânico, deixo o meu riso sair de uma maneira frenética, forçada e bem exagerada. Analiso-o atentamente a colocar o cinto castanho nas suas calças azuis de ganga. Desvio o olhar, contemplando a sua casa.

Tento andar normalmente, e suspiro de felicidade quando dou quatro passos e o pequeno problema de baixo teve solução. 

- Graças a Deus. - Sussurro.

- Hmm? 

- Nada. - Forço um sorriso, coçando a cabeça. - Tens aqui troféus, de que são? 

- Andei em muitos concursos de dança e canto quando era puto. - Encolheu os ombros. 

O seu olhar fita o meu e aquela sensação apaixonante que sentia com a Mia, até à pouco tempo, parecia estar agora a ser concebida no Louis. Eu não sei o que se passa comigo... tenho de sair daqui imediatamente. 

- Onde vais? - Pergunta-me, quando me vê a andar a passos largos até à porta.

- Sair daqui. Desculpa Louis, é só que... - Deixo acidentalmente cair uma moldura.  

Louis corre para a apanhar e eu faço o mesmo. A sua mão delicada toca por segundos na minha e uma intensidade de volts percorre o meu corpo.

O que se passa comigo...?! O pior é que já não é a primeira vez, quando ele fala comigo sinto-me tão estranho...

Uma boa dose de sexo com a Mia deve resolver. 

TEM DE RESOLVER.

Abri a porta e despedi-me com a cabeça, correndo para fora daquele lugar assim que Louis já não me poderia ver. 



Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora