Capítulo 44 -Um natal Zayn

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Emma

1 semana depois - 06:30 AM

- Pai, não! - Elevo o meu corpo, sentando-me numa ação involuntária. 

Seguro no lençol enquanto tremo por todos os cantos. Estou completamente encharcada de suor, inclusive, alguns fios do meu cabelo estão húmidos. Passo a minha mão pela testa, limpando as pequenas gotas que lá se encontravam. O peito sobe e desce e a respiração está completamente irregular. 

As minhas memórias parecem atormentar-me.

- Foi só um pesadelo, shhh... - O moreno sussurra perto do meu ouvido, acalmando-me. 

Os seus braços fortes rodeiam a minha cintura e eu encosto a cabeça a seu peito, aconchegando-me. Sobretudo, sentindo-me segura. 

Queria lhe contar a verdade, o que me tinha acontecido quando era pequena. Todavia, nunca arranjava palavras, nunca arranjava coragem para lhe revelar algo tão grave, então opto sempre pelo silêncio. 

- Zayn... 

- Hmm? - Ele coloca a sua cabeça na cova entre o meu ombro e a minha orelha, beijando-me de leve o pescoço. 

 - Obrigada por mudares. - A frase escapa pela minha boca num fio de voz.

Ele levantou a cabeça, sorrindo. Olhou para o relógio na minha mesinha de cabeceira e revirou os olhos, vendo que estava quase na hora dos pais acordarem. 

A sua boca deposita-me um enorme beijo na testa, como despedida. 

- Quando os pais forem trabalhar eu volto, afinal de contas, estamos de férias já. - Anuncia, fechando a porta do meu quarto. 


Zayn

08:40 AM

Assim que a porta se fechou, anunciando a saída dos meus pais, corri para fora do meu quarto em direcção à sala. Peguei no meu portátil, escondido numa almofada do sofá, e levantei a tampa, já estando o computador ligado com o Skype. Sem mais delongas, cliquei no botão para fazer uma video-chamada com os meus amigos.

- Pessoal? - Pergunto, quando vejo que todos atenderam. 

- Ainda quero saber porque nos acordaste tão cedo. - Niall murmura. - Vou buscar comida. 

- Eu vou fazer uma surpresa a Emma. Ontem ao jantar, a Grace revelou-me que desde que o seu falecido marido morreu, elas nunca mais celebraram o natal. Pensei que podiam vir cá a casa e ajudar-me a comprar as luzes, uma árvore, os enfeites e decorações... pensei que podia trazer o natal de volta a esta família.

- Ai que fofo! - Mia grita logo pela manhã, fazendo toda a gente resmungar devido ao sono. - Vamos todos! Espera uns trinta minutos e já aí estaremos. 

Anui. 

A Emma despertou em mim tudo o que eu sempre imaginei nunca ter. Deu-me a conhecer o significado da palavra amor. Ela apareceu na minha vida de uma maneira tão estranha, mas que me fez sentir tão bem.

O seu modo de embirrar, ao inicio deixava-me atordoado. Nunca ninguém teve antes coragem de resmungar comigo. Até que eu a conheci. Aquela que me desafiava e se eu fizesse algo mau, ela fazia duas vezes pior só para ficar a ganhar. 





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