Cap. 31 - Secret door. Blood. Ghosts?

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Zayn

Emma dormira profundamente. Retiro a sua cabeça do meu ombro suavemente, levantando-me. Agarro nos meus boxers, vestindo-os e saindo vagarosamente do quarto. Subi os degraus das escadas, indo até à estante de livros, a mesma que tinha um rasto de sangue, agora invisível. Eu sei que algo aconteceu aqui e envolve a Emma, de certeza.

Ela disse-me para esquecer as razões do seu trauma e tudo o que eu sei, mas não consigo. Algo aconteceu nesta casa que deixa a Emma em um estado de completo choque assim que fica sozinha. Não posso ignorar tais factos.

Arrasto a estante cuidadosamente para não acordar a Emma, procurando por algo, o rasto não pode simplesmente evaporar aqui. Vislumbro uma pequena porta de madeira em condições horrendas. Arregalo os olhos perante os pequenos salpicos de sangue quase invisíveis devido ao passar do tempo diante de mim.

- Mas que merda...? - Murmuro para mim mesmo, receando descobrir o que há do outro lado.

Agora faz sentido a casa ser tão grande por fora no lado direito. Os corredores têm parede superficial. Eu sabia que algo se passava nesta casa.

Abro delicadamente a porta. Um cheiro nojento invade as minhas narinas e imediatamente passo a respirar pela boca. Morreu alguém aqui ou quê? Ew!

No chão encontra-se um vermelho vivo zurrado pelo chão afora, como se alguém fora arrastado para aqui enquanto se esvaziava em sangue. Ajoelho-me para passar para o outro lado, enquanto tremera de medo. As paredes velhas cinzentas escuras com mãos sangrentas espalhadas deixam-me de tal maneira aterrorizado que eu, Zayn Malik, posso ser capaz de mijar nas calças. Os barulhos esquisitos neste lugar assemelham-se a fantasmas ruidosos.

- É daqui que vem o barulho, à noite... - Sussurro. As paredes ecoam a minha voz, tornando tudo ainda mais assustador.

O meu pé é agarrado e eu grito, grito como nunca gritei, grito com toda a minha alma! Eu nunca me devia ter metido nisto!

- Não me faça mal, por favor! Eu não quero morrer! - Peço encarecidamente.

Ao abrir os olhos, observo Emma largar o meu pé, furiosa e assustada ao mesmo tempo. Esta passa diante do mim, arrastando a estante de volta para o lugar, escondendo novamente a porta de tudo e todos.

- O que viste? - A primeira questão é lançada e o seu tom receoso, no entanto autoritário deixa-me incrédulo.

- Nada de especial... - Murmuro mais para mim do que para a minha irmã.

Esta suspira, iniciando o passo. Agarro-lhe bruscamente o braço, impedindo-a de continuar. Ela está a esconder alguma coisa. Eu já a conheço bem para saber que quando ela oculta algo bate o pé duas vezes, tal como o fez agora.

- Eu não sou cego. Não sei o que se passou aqui, mas vou descobrir. Ou podes apenas contar-me. Dizes para eu confiar em ti, quando és tu que guardas segredos. - Ameaço, bem perto do seu ouvido.

- Não estou a esconder nada, larga-me. - Esta tenta, sem sucesso.

- Emma, a mim não me enganas, não mais. Eu amo-te, mas não consigo ignorar o teu trauma, e aposto a minha vida como está ligado a isto. Se não me disseres nada eu pergunto à mãe.

- A minha mãe não sabe de nada... - Confessa, suspirando. - E nem pode saber, não pode Zayn! - Aponta-me o dedo indicador. - Se tu lhe disseres algo sobre a porta, e se voltares a entrar lá dentro, eu juro-te que nunca mais me pões a vista em cima!

Merda.

- Tudo bem. - Suspiro.



Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora