Capítulo 33 - Opá!

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Zayn

Coloquei uma toalha na minha cintura após ter secado o cabelo. Abraço a minha maninha pelas costas, beijando-lhe deliciosamente o pescoço, devorando-o lentamente. 

- Tu és doido, vieste tomar banho comigo com os pais lá em baixo, idiota. 

Apenas gargalhei, atirando-a para cima da cama. Emma fez força para tentar sair de cima de mim e acabar com o beijo gostoso que lhe dava, porém acabou por rir contra os meus lábios e curtir o momento. As suas mãos vaguearam lentamente pelo corpo. 

Eu apenas gargalhava contra a sua boca. A Emma faz-me sentir tão bem. Não é como as outras miúdas com quem eu fodia e abandonava no dia seguinte... ela é... diferente. 

As suas mãos puxam a toalha, retirando-a da cintura, expondo-me. 

- E depois sou eu o doido, sua tarada desgraçada. - Suspirei contra os lábios.

- E falas tu? - Ela diz, jogando sujo.

As minhas mãos puxam o seu cabelo molhado para trás, acariciando a sua cara lentamente. A minha perna sobe um pouco para cima, roçando na sua intimidade e fazendo-a soltar um pequeno gemido.

- Emma, tenho aqui umas toalhas! - A mãe bate à porta, tentando abri-la. - Trancaste a porta? 

- Ai foda-se! - Murmurei, levantando-me rapidamente.

- Emma? 

- E-eu já vou! - A rapariga entra em pânico. - Oh caralho, vai para a casa de banho, sei lá, esconde-te!  

Corri para a casa de banho, enfiando-me dentro da banheira e puxando a cortina. Subitamente, lembrei-me que deixei a minha roupa em cima da cadeira, e murmurei um foda-se ao ouvir a Emma abrir a porta.


Emma


Abri a porta à minha mãe, tentando agir normalmente. Ela ia perguntar, e como eu queria desviar o assunto da porta estar fechada, comecei a falar aleatoriamente.

- Escolho esta roupa?

- Filha tu és linda com qualquer uma. - Sorri forçadamente. - Vou colocar as toalhas na casa de banho.

- Não! - Gritei, colocando-me a frente. - Quer dizer, não é necessário.

- Usaste duas toalhas de uma vez, não sabes poupar? - Apontou para a toalha do Zayn no chão, e a minha no meu corpo. 

- Tinha de... bem... secar os pés? - A resposta saiu como uma pergunta.

- Como queiras... - Pousou as toalhas na cama. - Não te demores, o almoço está quase feito. 

Assenti rapidamente. Ia virar costas, à espera que a minha saísse do quarto, no entanto ela apenas virou costas e ficou parada. Segui o seu olhar, parando na cadeira. Com as... ai meu Deus, sou irmã de um burro.

- O que as roupas do Zayn fazem aqui? - A sua cara estava séria e eu gelei, o meu coração parou de pulsar por uns segundos, eu sei que parou.

- É que... pois... bem, tu sabes, o choveiro, e a casa, e tudo junto, sabes como é, a água quente lá em cima... tu entendes. - Engasgo-me toda e permaneço calada.

- Emma. O que se passa aqui? - O tom de voz da minha mãe saiu sério.

A porta do quarto abre-se, revelando o Zayn completamente vestido, com o cabelo totalmente seco e aperaltado. 

- Esqueci-me das minhas roupas, dás-me? Não tenho o dia todo. 

O meu queixo literalmente caiu no chão ao visualizá-lo à minha frente.

- Zayn, roupas? O que se passou aqui? - A minha mãe pergunta, nervosa.

- Nada de mais, a casa de banho lá de cima apenas abria a água fria, então pedi à Emma para tomar banho aqui, após uma discussão enorme com esta bruxa, ela finalmente me deixou usar. Porém eu trouxe dois pares de roupas e deixei um deles aqui. - Explicou, com calma e naturalidade, me deixando mais boquiaberta.

- Ah, muito bem. Já estava preocupada, ela estava tão nervosa. Até pensei outras coisas... - Eu e a minha maninha gargalhamos forçadamente.

- O quê?! Que absurdo! - Emma ri falsamente, arregalando os olhos e virando a cara.


Zayn

Peguei nas minhas roupas, abandonando o quarto da minha maninha colorida. Ouvi a sua mãe falar de mim e coloquei o meu ouvido na porta.

- Então, já gostas do teu irmão? Sempre querias um. Pediste-me um de natal aos teus quatro anos, lembras-te? 

- Lembro-me como se fosse ontem. Para ser sincera, o Zayn é diferente do irmão que eu imaginei que teria, estamos sempre a discutir, mas no fundo, eu gosto das picardias que tenho com ele. 

- Ele e tu parecem o cão e o gato, só discutem! Até tenho medo que isso vire amor. - Ela ri muito alto e ouço a Emma gargalhar.

- Imagina, eu me apaixonar pelo meu meio-irmão mãe, que absurdo. - Respondeu a minha irmã, porém mais baixo. 

O seu tom de voz parecia triste, talvez por não poder contar aos pais. Isso de certa forma, também me entristeceu.

- Vou sair agora, veste-te depressa. - Fugi para o andar de cima.

A minha madrasta abandonou o quarto da minha irmã e rapidamente me apressei a entrar novamente. Emma não deu pela minha presença, por estar de cabeça abaixada na cama.

- Em...? - Murmurei, sentando-me ao seu lado.

- Às vezes tenho vontade de lhes contar, mas depois eles agem com estas atitudes e perco toda a vontade. - Aconcheguei-a no meu peito. 

A Emma mudou tudo em mim, todas as minhas atitudes. À menos de dois meses, fodia qualquer uma, e agora se alguém se atirar a mim, mando-a à puta que pariu. A minha mana, sem margem para dúvida, despertou algo que eu nunca senti, mas que, com certeza, me faz tão bem.

- Pensa no lado positivo, podemos nos insultar mutuamente à frente deles, expulsando-os até de casa com tanto barulho, ficando a sós. - Senti uma risada forte contra o meu peito.

- Vou-me vestir, se quiseres ver, és vagabunda, mas se fores, és mal educado em me deixares sozinha.

- Prefiro ser vagabunda, sem dúvida. - Mordi os lábios, fazendo-a revirar os olhos e trocar-me pelo guarda-roupa.

O meu olhar focou o seu sorriso, e assim fiquei. A pensar na escolha tão errada de ficarmos juntos, mas ao mesmo tempo, tão certa.




Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora