Capítulo 101 - Poof, true comes from a street police officer

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Emma

Coloco as minhas mãos nos bolsos e deixo um novo suspiro escapar. Caminho para a mansão, atordoada. Recebi alta ontem e esperei ver a minha família pronta para me receber, mas apenas vi uns quantos desconhecidos, Harry, Niall e a minha mãe. 

Estou tão triste que a minha melhor amiga tenha ido morar para Espanha. A Mia é como uma irmã para mim e odeio ficar sem a presença dela, mas podia ser pior! Se ela morresse eu acho que não aguentaria por isso devo é ficar feliz por ser uma pequena distância que nos separa. Qualquer dia hei de lhe ligar, mesmo que gaste muito mais.

Eu simplesmente sinto que não me encaixo. Durante esta semana perguntei sobre tantas coisas e muito poucas coisas fizeram sentido. O que meu irmão me disse no dia em que eu acordei no hospital ficou marcado e quando eu perguntei às pessoas ao que é que ele se referia, todas mudaram inevitavelmente de assunto. 

Depois existe o Hazza que nem me deixa beijá-lo e quando viro costas por dois segundos vejo-o abraçado a um rapaz que nem conheço de lado nenhum. Eu sei que o tempo passou, eu entendo isso. Mas ninguém me explica o que se passa e eu sinto-me deslocada, de lado. 

É uma sensação horrível! 

É como se o tempo se tivesse movido ao meu redor durante um abrir e fechar de olhos. Eu fechei os olhos e estava de férias de verão... e no momento seguinte passou-se um ano e estou cheia de feridas, levei um tiro e o meu irmão age como um louco e desaparece sem deixar rasto.

Caminhei uma e outra vez e sinceramente começo a achar que já passei pela mesma rua pelo menos uma três vezes. Sinto pequenas pingas molhar a minha pele e apercebo-me que começou a chover. 

Apressei o passo ao sentir a chuva intensificar-se, para me tentar abrigar mas vou choco contra alguém e ambos caímos no meio do chão, projectados pelo meu impacto.

- Desculpa... foi sem querer! - Levanto-me rapidamente e visualizo a pessoa com quem choquei. 

Os seus olhos estavam fixos aos meus e sinto-me inevitavelmente a corar com tal contato direto.

- Magoaste-me, moça. - Leva as mãos à cabeça. 

- Desculpa, eu não conseguia ver com esta chuva e só queria procurar abrigo e... - Desabo em lágrimas. - Desculpa. 

- Porque choras? - Imediatamente dá um passo à frente, preocupado. 

- Eu... eu não tenho que te dar justificações. - Viro imediatamente costas. 

- Espera. - A sua mão prende-me suavemente e eu apenas petrifico. - Normalmente eu ignoro as situações dos outros porque não sou bisbilhoteiro e não quero saber de estranhos, de todo. Mas o teu olhar parece... vazio. 

- Oh, não me digas nada. Um ano inteiro apagado. - Viro-me por fim e falo com toda a minha ironia. 

- Como assim? Sofreste algum acidente? - Pergunta, preocupado. 

- Pode dizer-se que sim...? Eu não sei, ninguém me conta nada! Todas as pessoas desviam de assunto quando eu pergunto alguma coisa. A minha melhor amiga com certeza que me contaria tudo mas ela teve de ir para o estrangeiro e eu nunca fiquei sem ela. A nossa despedida deve ter sido difícil e agora ela nem sequer sabe que eu nem disso me lembro!

- Eu trabalho para a policia, podia tentar arranjar maneira de a contactar. - O rapaz encolhe os ombros, sorrindo ligeiramente. 

Os seus olhos transmitem-me esperança e volto a corar, uma vez mais, por este ser tão simpático. 

- Farias isso por mim? 

- Claro. Como policia o meu dever é ajudar todos! - Gargalha. 

- Só precisas de lhe dizer que eu perdi a memória e queria muito voltar a vê-la em breve. 

- Considera-o feito! - Curva os lábios num sorriso. - Diz-me só o nome da tua amiga. 

- Mia Elisabeth Summers. - Assim que pronuncio o nome, o policial congela, surpreso. - Passa-se algo? 

- Menina... houve uma investigação à pouco tempo com um vendedor de drogas que raptou uns adolescentes durante algum tempo. Foi algo complicado que envolveu o transtorno emocional de muitos como deve imaginar e tudo estava ligado entre si. Foi algo fora de comum e raro que sinceramente nunca vi na policia. Uma das pessoas envolvidas sempre esteve na família o tempo todo e ajudou no rapto. Digamos apenas que essa Mia tentou um golpe para salvar os reféns e acabou morta. Foi mencionado na policia diversas vezes, daí eu saber. Não estava minimamente envolvido em tal investigação. 

- Eu não consigo respirar... 

- Eu entendo que deve ser frustrante para você ma--

- Não... eu não consigo mesmo respirar... - Começo a hiperventilar enquanto lágrimas rolam pela minha face ao acabar de receber esta noticia. A minha vista fica turva e eu sinto que vou cair - Acho que estou a ter um ataque de pânico. 

A minha melhor amiga... ela... não... ela não pode. A minha própria mãe não mentiria, foi ela que me deu a noticia...! 

O meu corpo cai para trás, contudo não sinto a queda pois o policial apanha-me antes de embater no chão. Olho para os seus belos olhos castanhos e por momentos o policial converteu-se no Zayn naquela exacta posição, mas a chorar. 

"- Converteu-se numa little star." - Ouço no meu subconsciente a voz do meu meio-irmão.

E assim apago.


Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora