Step-Brother [Z.M]

Capítulo 62 - Sem ti, eu estou feliz, Penny!

Emma

Todos os estudantes se encontram na entrada da escola, assistindo ao desfecho da história da Penny. Foi uma boa pessoa com quem se podia gozar, vou ter saudades dela.

Ou não.

O director abraça a loira, agora algemada pela policia, com força. Aquele pobre pai teve de aturar aquela criatura por tanto tempo, se fosse eu, estava completamente desgastada. Eu nem coragem tinha de abraçar uma filha minha que tivesse feito o que fez. É imperdoável. 

Aquele olhar cheio de ódio e desprezo que eu tanto conheço fita-me e eu apenas sorrio forçadamente. Sei que quando ela sair da cadeia, daqui a cinco anos, me vai perseguir. 

- Posso ir só à minha amiga Stewart? - Pergunta a um guarda, praticamente abanando o cu e ele imediatamente assente, abrindo um pouco a boca e aclarando a voz. 

Vontade de vomitar não me faltou.

- A princesinha é tão queixinhas. Não gostei. Jogaste sujo. - Piscou-me o olho, e todos os presentes começaram a sussurrar perante esta pequena treta. 

- Nada que não tivesses feito antes. - Retribuo o elogio.

- Tu vais te arrepender. A sério, quando eu sair daquela espelunca, eu vou limpar o chão contigo. 

- Eu já o fiz, hoje quando te puxei os cabelos, e isso eu nunca vou esquecer. 

Ouço algumas palmas e vejo o meu grupo de amigos, juntamente com os de Zayn a darem-me força. Observo os guardas, nos cantos do portão de Oxford, que assistem a este triste e ridículo espectáculo, mas permanecem quietos, é lamentável.

- O Zayn nunca vai ficar contigo. Foste tu que acabaste com ele, e ele contou-me que nunca dá uma segunda oportunidade a ninguém. - Coloca o cabelo para trás com as duas mãos, num acto bem desajeitado, devido às algemas, e sorri vitoriosa. 

Subitamente, vislumbro, atrás da cabra, a figura morena, alta, com a barba um pouco mal feita, de imensas tatuagens e um olhar petrificante. 

Um olhar onde tu te perdes eternamente. 

Antes mesmo que ele entendesse o que se passava aqui, e perguntasse a alguém porque razão tinha sido chamado para comparecer, corri para os seus braços como uma criança que vê o pai ao fim de tantos anos e beijei-o sem mais demoras. A brutalidade do beijo faz com que as nossas testas colidam, provocando um pouco de dor, todavia, nenhum de nós se manifestou. Os seus braços afastam-me como um reflexo. O seu olhar fica completamente arregalado e os seus labios ficam abertos num 'o' pequeno. 

- O-olha lá que confianças são essas? - Pergunta, ainda atordoado. - Emma...

- Eu duvidei de ti, aceito se não quiseres ficar comigo. Quem fez a asneira nunca foste tu, fui eu. Devia ter acredito que tinhas mudado, mas invés disso preferi acreditar que te tinhas... tu sabes. - Admito, cabisbaixa.

- Hey. - A sua mão levanta a minha cara. - Sabes o que eu sofri sem ti? Estás a ver todos os almoços e jantares? Todos os dias, parecia que comia as peças partidas do meu coração, na esperança do meu corpo as recompor. E vê bem, após um mês a fazer isso, parece que finalmente resultou. 

- Oh, por favor. - Ouvimos a loira resmungar, agora segurada por dois guardas. 

- CALA-TE! - A multidão berra.

Coloco as minhas mãos na sua cara, todos os sentimentos que nutria por ele parecia terem-se intensificado. O sol batia nos lados do corpo perfeito do meu irmão, fazendo-o parecer um Deus. A sua cara ficou escura para mim, que olhava para cima para o ver.  

- Amo-te. - Sussurro.

- Amo-te. - Corresponde. 

Damos, por fim, um beijo totalmente apaixonado. No meio desta multidão estudantil estava eu, ou pelo menos, aos olhos de toda a gente, pois para mim, quando colidi os meus lábios nos de Zayn, todo o meio envolvente desapareceu. As palmas que se começaram a ouvir eram agora ruídos bastante longe, quase inaudíveis pelo barulho das nossas respirações. Agarrei no cabelo castanho do meu namorado e puxei-o de leve, fazendo-o aprofundar o beijo. 

- Finalmente! - Ouço Mia guinchar. 

Sinto uns braços rodearem-me a mim e ao moreno. Abri de leve os olhos, vendo todos os meus amigos abraçados a nós. O Louis e o Liam incluídos. Chega de tratá-los pelos amigos de Zayn, pois tenho provas que eles fazem parte da minha vida também. 

- Vão todos pagar, a sério! - Ouvimos Penny gritar, o nosso olhar dirige-se para a mesma. 

A sua cabeça é puxada para dentro do carro azul e branco, com a ajuda de um policial. O mesmo que a auxiliou vai para o lugar do condutor e prega fundo, momentos depois, desaparecendo com aquela que ficará presa por bons, mas poucos anos, por se ter metido com um criminoso procurado por estupro venda de droga. Para mim, cinco anos é um tempo minúsculo. Porém, pode ser que ela aprenda a lição.

- Até tenho pena dela. - Harry goza e Louis ri.

- Afinal como é que sabes que eu sou inocente e como é que ela foi presa? - Zayn pergunta, franzindo as sobrancelhas. 

- É uma longa história, o que interessa é que finalmente temos paz! - Sorrio, contente, dando-lhe um leve beijo. 

- Vai começar o romance meloso, vou comer bolachas. - Niall começa imediatamente com as suas esquisitices.

- O quê, Horan? - Cruzo os braços, fazendo uma cara chateada.

- Nada. - Coloca as mãos no ar, rendendo-se.