Capítulo 74 - Mia vs Emma

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Mia

Enquanto todos se dirigiram para o departamento da policia, eu fiquei com Niall em casa da Emma. Não me conformo com o facto de Joseph ter simplesmente evaporado sem nenhuma impressão digital, quando trouxe as rosas. A policia diz que o rasto dele nas pegadas está indefinido, inacabado, mas que também andou pelo quarto do Zayn, onde me encontro agora.

Acendo a luz verde do candeeiro para ver melhor, todavia percebo umas manchas bem claras no chão, que não se encontravam lá à momentos atrás. Fechei a persiana, impedindo luz solar, e voltei para o lugar onde as tais marcas apareceram. Os meus olhos abriram-se ainda mais quando percebo que é, na verdade, um rasto de sangue.

- Vou comprar um croissant, já volto! - Ouço Niall gritar tento descer as escadas para lhe mostrar a pista, porém aquele guloso já tinha saído porta fora.

Voltei para dentro e peguei no candeeiro, ligando-o a uma extensão enorme, que Zayn tinha. Segui o rasto calmamente. Bato com a cabeça numa estante com livros e a minha respiração fica suspensa no ar, quando vejo que o rasto acaba aqui. 

- O quê?

Arrasto um pouco a estante, vendo uma pequena abertura na parede. Coloco-me de joelhos e espreito para lá para dentro, estando a continuação deste corredor, numa versão bem mais escura. Um cheiro horrível chega-me às narinas e logo as tapo.

Devo continuar...? 

Quer dizer, o corredor de cima e de baixo são muito pequenos e, na verdade, sempre me havia intrigado como é que existia uma janela na parte do lado direito da casa se nunca a havia visto por dentro. Todavia, Emma nunca me falou disto... ou nunca achou relevante, ou nunca descobriu este lugar.

Rastejo para dentro do lugar e o cheiro fétido parece avisar-me de que isto é uma má ideia e eu irei arrepender-me. 

- Morreu aqui alguém ou quê? Ew! - Falo alto, não conseguindo controlar os meus pensamentos.

Olho para trás do armário, vendo que tem uma espécie de prega. Se alguém quiser sair pelo lado de dentro é só puxar aquilo. 

Dou pequenos passos, sempre me assustando ao menor ruído. Existem umas quatro portas só neste corredor. 

- A mansão da Emma já era grande, mas agora nem há palavras. - Murmuro para mim própria.

Vejo umas escadas totalmente velhas ao fim deste espaço, provavelmente levando para o andar de baixo, o andar onde o quarto da Emma fica, mas do outro lado. 

Quando ia descer o primeiro degrau, ouço pequenos gemidos chorosos na porta, ao lado do mesmo. Apesar de ter medo, abri-a assustadoramente. Uma pequena luz estava no local e a tal janela que aparece do lado de fora da mansão era a que produzia tal luminosidade. Vejo o rosto húmido e recomposto de Emma e abro a boca, quase chorando de alegria por a encontrar. 

- Emma! - Quase berro, abraçando a rapariga que se encontrava praticamente estática, como se estivesse em transe. - Emma? 

Não responde.

- Quem te fez isto?! Foi o Joseph? - Perguntei, enquanto tentava retirar-lhe as cordas. 

- Foi o pai... - Murmurou, sem nunca largar os olhos do seu ponto fixo.

Ela está em estado de choque... está a ter um daqueles ataques.

Curvo os lábios ao retirar-lhe o que a aprisionava a este local, e coloco o seu braço sob o meu ombro. A sua cara finalmente choca com a minha e entre engasgos e lágrimas derramadas, ela apenas pronuncia levemente o meu nome, fechando os olhos, enquanto sorri.

Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora