Step-Brother [Z.M]

Cap. 6 - "Porque eu te amo!"

Emma

Abri a porta silenciosamente. Fiquei no jardim até a noite cair, mais precisamente até agora, meia noite e doze. Zayn não apareceu novamente e dei graças a Deus por isso. O meu telemóvel vibra e retiro-o do bolso, vendo quem me ligava. 

Mãe. 

- Olá querida. - Ouço do outro lado da linha. - Então, como vai isso? 

- Mãe, olá! Vai andando. - Respondo.

- Como vai tudo com o Zayn? Estás a divertir-te? Tem sido bonzinho para ti, amor? - Deixo uma lágrima cair e um soluço pequeno escapulir-se pelos meus lábios perante todas as memórias de nós a discutirmos.

- V-Vai ótimo, estou a adorar estar com ele, claro mãe. - Minto, limpando uma lágrima do meu olho e levando a mão à cintura. 

- Ainda bem, olha eu tenho de ir agora, diverte-te. Beijinhos. - Retribuo e coloco o meu telemóvel novamente no bolso dos calções, enquanto desabo em lágrimas.

Ouço pequenos gemidos vindo do tecto e arregalo os olhos. Subo as escadas lentamente, percebendo que uma mulher também estava no quarto com Zayn. Assim que chego ao último degrau, ando sorrateiramente até ao seu quarto. Quando abri a porta e acendi a luz deparei-me com o que não devia. 

- Estás a gozar comigo?! - Berro. 

- Emma! - Ele murmura, tapando-se. A loira desta manhã tenta fazer o mesmo, porém Zayn não lhe dava o lençol. Ambos me olhavam, surpresos.

- Tu, puta, fora daqui! - Ela olha-me de cima abaixo, tentando intimidar-me. - AGORA CARALHO, ou levas com o pau da vassoura pelo cu acima para ver se te transmite o mesmo prazer! - Berro e ela estremece, correndo para fora do quarto.

Ouço a porta de entrada ser fechada e encaro o moreno de olhos castanhos mesmo à minha frente. Este mostrava-se profundamente irritado.

- És mesmo um merdas, és igual ao meu pai. - Cuspo, enojada. 

- Qual é a tua de entrares aqui?! O quarto é meu, a casa é--. 

- Minha, sim. - Corto-o, rapidamente. - E nesta casa há respeito, não houve no passado, mas agora há. E tu nem penses que vais estragar a nossa família e destabilizar a nossa paz.

- Emma, eu sou livre de fazer aquilo que bem me entender. Entende isso! Porque continuas a tentar que eu mude? 

- Porque eu te amo! Porra eu amo-te! És meu irmão! Amo-te com toda a minha força desde que a minha mãe me disse que ia ter um! Podes não ser de sangue, mas és meu irmão! E eu sei que não és assim, podes ser um playboy e tudo mais, mas pelo menos arrogante não és! Eu vi um video de ti e da Safaa quando ela nasceu, o Yaser mostrou! Tu estavas com um sorriso, um sorriso genuíno, verdadeiro, Zayn! Ela vomitou-te em cima e tu não te zangaste, apenas sorris-te da sua inocência! Porra Zayn, para de ser um merdas! Isso magoa-me tanto. - Digo tudo o que tinha preso na minha garganta. 

- Isso foi tão profundo que encontrei petróleo. - Goza com a situação. 

- Estás a gozar. Nenhuma das minhas palavras te fez acordar para a vida, não é? - Mordo o lábio inferior, tentando conter as lágrimas.

- Não, apenas encontrei petróleo, nada mais que isso. - Sorri, forçadamente. 

- És mesmo impossível. - Viro costas e fecho a porta.