Cap. 9 - Lutar pela minha sobrevivência.

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Emma

Tremia por todo o lado e sentia o medo nas minhas veias. Desejava o Zayn aqui com todas as minhas forças, eu preciso dele, ele não me pode deixar! Deixei as lágrimas rolar e fechei os olhos por dois segundos e o homem aproveitou-se disso para se aproximar e me agarrar nos cabelos. 

- Fazes-me um favor? - Pede, com um sorriso. 

- Interna-te! - Gritei, pegando num prato e partindo-o na cabeça dele. A sua mão perde a força e um pouco de sangue aparece-lhe. 

Aproveitei o seu momento de fraqueza e corri escadas acima. Por momentos, elas pareciam-me intermináveis, vejo-o mesmo atrás de mim e dei lanço para a frente, subindo três degraus ao mesmo tempo. Ia tropeçando mas consegui manter o equilíbrio. Assim que abro a porta do meu quarto, fecho-o à chave e segui o exemplo dos filmes. Empurrei a minha secretária para a frente da porta e ainda coloquei uma cadeira em cima. 

Olhei para a minha casa de banho interior, que estava aqui, no quarto. Ele poderia entrar pela janela da casa de banho. 

Corri para lá e ouvi os seus passos na relva. Empurrei o pequeno armário que tínhamos lá e fechei as persianas. Sorri assim que me senti segura. Voltei ao quarto e vi-o na janela, prestes a abri-la. 

- Fod... Foda-se, não, não, não! - Engasgo-me nas minhas próprias palavras, com o medo. 

Volto para junto da porta e tento empurrar a secretária para o lado, para sair o mais rapidamente possível daqui. As suas mãos puxavam o vidro enorme do meu quarto, e os seus pés estavam agora no interior. Assim que as minhas mãos começam a exercer força e a secretária se começa a mover uns milímetros, os meus cabelos são brutalmente agarrados.

- Vadia, dás-me muito trabalho! - Berra-me na cara, molhando-a com os seus perdigotos. E a sua mão colide violentamente com a minha cara, fazendo-me cair brutalmente no chão. 

- Eu não lhe fiz nada, por favor não! - Implorei desesperada.

- Vais ligar ao Zayn e pedir-lhe que volte para cá e só assim desapareço da tua vida, por agora

- E-Eu não tenho o número dele. - Digo, entre lágrimas.

O medo consumia-me, a minha alma gritava por socorro, e eu apenas pedia perdão a Deus por o que quer que tivesse feito de errado. 

- Liga do meu telemóvel. - Ele atira-o para o meu colo, e dá-me liberdade, soltando o meu cabelo.

Pensei em correr e fugir... mas seria pior. Limitei-me a procurar o número de Zayn neste tijolo do século passado. Assim que descubro como se procura um contacto nestes coisos, procurei pelo nome do Zayn, porém não estava na lista. 

- Como é que ele se chama no seu telemóvel? - Perguntei a medo. A voz dele davam-me náuseas.

- Vendedor de droga nº 15.  - Sorriu e eu arregalei os olhos, separando os meus lábios, que imediatamente fizeram a letra 'O'. Isso quer dizer que o Zayn? Não. Não pode ser. Vou falar com ele, ele era incapaz de estar metido nisto... certo? 

Zayn

Estacionei o carro e preparava-me para tocar à campainha, quando o meu telemóvel vibra. Li "O porco" e revirei os olhos, colocando a chamada sem som. Toquei à campainha e esperei um pouco, provavelmente devia estar tudo a dormir, afinal de contas, são cinco e vinte e duas da manhã. A porta à minha frente abre-se e minha mãe abraça-me imediatamente, mostrando felicidade e surpresa junta. O meu telemóvel vibra novamente e desfiz o tão aconchegante abraço entre mim e a minha mãe. 

Step-Brother [Z.M]Onde histórias criam vida. Descubra agora