Lua abriu os olhos bem devagar e viu um clarão como nunca, nunca em toda sua vida havia visto algo tão lindo. Era algo distante e muito azul... Claro, o céu! No seu quarto tem uma pequena janela de vidro, e ela via o céu, mas nunca assim tão vivo, tão lindo.
Ainda deitada extremamente fascinada, mas ao mesmo tempo amedrontada. Mexeu as mãos e sentiu que tocava em algo macio, mas que também pinicava um pouco. Virou o rosto para o lado e viu um verde magnífico. Lua sorriu e de imediato lembrou do livro Rapunzel onde tinha ilustrações das mais belas coisas que a princesa pode descobrir assim que saiu da torre e enfim descobrir as maravilhas do mundo. Então percebeu que tudo que estava visualizando nesse momento era o céu distante muito azul, lindo e amortecendo seu corpo era a grama, tão verde, tão magnífica. Sorriu e chorou ao mesmo tempo. Estava sentindo algo dentro dela, algo inexplicável.
Ouviu um pequeno ruído e levantou depressa.
Como uma força sobrenatural algo saltou de dentro dela e cuspiu palavras que a sua mente queria dizer.Lua gritou bem alto seu nome... Sorrindo e chorando cantou, pulou e depois de uns minutos parou para respirar.
- Meu Deus, tenho voz.
Lua ficou paralisada com as mãos sobre a boca. De supetão saíram duas pessoinhas de trás de um arbusto. Vieram meio receosos até próximo a ela. Pararam de frente pra Lua e "a" mocinha falou:
- Olá linda camponesa... Poderia me dizer que cor vê na minha bochecha ?
- Hã ? O que ? Não entendo...
Lua respirou fundo com medo que a voz falhasse e tentou dizer as palavras que sua cabeça transmitia. Tentou ser clara, calma e doce, queria que com suas palavras a garota pudesse sentir que Lua era uma boa pessoa.A mocinha meio tímida, mais com uma carinha de sapeca balançou a cabeça que sim. Lua tocou, cheirou e puxou a mão de volta. Veio meio grudento. Ela passou a língua no dedo para tirar o grude e veio um gosto de doce muito bom.
- Hum isso é bom, mistura de Algodão e Doce! Não sei explicar. Bochechas interessantes, nunca vi igual. Varia em cores, azul, rosa, verde, amarelo. E um sabor muito bom.
A mocinha começou a dar altas gargalhadas, ela tinha o sorriso mais brilhante e singelo já visto, deu piruetas, batia palmas. Abraçou o sorridente garoto ao seu lado e falou:
- Você ouviu Vítor ? Você ouviu!
Touché Algodão Doce na área novamente.Saindo de trás da mocinha saiu o Garoto, sua pele bronzeada e olhar bem gracioso, uma carinha de quem gosta de aprontar com as pessoas, porém, um tanto tímido, olhou Lua e falou:
- E quanto a mim linda camponesa, o que vê ?
Sério? Eu que deveria fazer perguntas aqui. Mil. Afinal, eu estava na minha casa em cima do palco e era noite, e agora estou aqui e é dia. Pensou Lua. Mas ela estava amando poder falar e pelo o que parecia, ela estava falando algo que agradava a eles. Então ela sorriu e falou o mais sincera possível.
Ele se aproximou pegou sua mão, pôs a dele sobre a de Lua, sorriu e a retirou. Quando Lua olhou sua mão, a palma estava um doce de Brigadeiro que era pura tentação.
- Prova Camponesa.
Lua provou e foi algo incrível... Segundos maravilhosos saboreando. Era um misto de felicidade sem saber o porque.
- Vítor você é incrível, como você faz isso?
Ele já pulando e batendo muitas palmas disse: --- O que viu Camponesa ?
- Vítor, você do nada fez aparecer um brigadeiro na minha mão, ao coloca-lo na boca a cada mastigada eu fiz uma viagem para o lugar onde nunca estive mais que me pareceu familiar. Vi pássaros cantando, animais dançando e vi um príncipe lindo. E engoli o brigadeiro voltando ao ponto de onde estava. Estou muito impressionada. Como é possível ?
Os dois se abraçaram, pularam, riram, fizeram estrelinhas no chão. E Lua assistindo tudo, sorrindo muito, de um jeito que nunca sorriu na vida. Achou tão engraçado eles estarem felizes só por ela dizer como eles já são. Depois de um tempo resolveu interromper e fazer suas perguntas.
- Desculpem atrapalhar, mas eu realmente não sei o que está acontecendo e não sei onde estou. Que lugar é este ?
Ambos sorriram humildemente e em seguida curvaram-se para ela.
A garota se aproximou e soltou o verbo do jeitinho doidinho dela.- Camponesa, a senhora está em Pazunis. Está onde deveria estar a muito tempo. Desculpe como chegamos, sem nos apresentar, mas é que a emoção de ter nossos dons vistos novamente foi enorme. Eu me chamo Lisa e esse pivete Vítor.
Lua sorri com o vocabulário dela.
- A senhorita pode fazer as perguntas que quiser, mas antes queremos que saiba que somos eternamente gratos por ter nos achado, por ter trazido de volta nossa essência, nossa magia.
- Espera aí gente, eu não fiz nada. Sério eu gostaria muito de trazer tal coisa como magia a vocês, mas não, não sei nem como estou falando quanto mais fazer magia. Não sei nada, nem como vim parar aqui.
Sem que Lua percebesse uma lágrima brotou e deslizou em seu rosto. Vítor veio até ela, estalou os dedinhos e falou do seu jeito super sincero de ser: - Desculpa Camponesa, mas tu eis linda, com sua visão magnífica que onde tu olha consegue enxergar e em seguida devolver o verdadeiro dom da pessoa, a senhorita poderia ser muda para sempre.
- Vítor ! - ambos riram - Desculpa Camponesa, ele é assim mesmo, gosta de brincar e até ser sarcástico as vezes, mas sempre sem maldade. Aqui não há pessoas más. Não mais!
Ambos balançaram a cabeça que sim.
- Certo, vamos ver se eu entendi. Vocês acham que eu sou a esperança de vocês? Gente, sério mesmo, eu peço mil desculpas em dizer isso mas não sei como posso ser esperança. Não sei nem como cheguei aqui, não sei como posso falar, não sei como ajudar vocês. E por favor parem com isso de Camponesa. Eu me chamo Lua. Me chamem assim, só Lua.
- Espera aí ! A senhorita não conhece a Lenda?
- Que Lenda? - Lua franziu o cenho, confusa.
- Ah não, não! Ela não conhece a Lenda Lisa. - disse Vitor, desapontado.
Uma forte ventania veio do nada, e junto com ela trouxe milhares de vultos e vozes assustadoras, não conseguindo enxergar direito, Lua grita:
- Lisa, Vitor, segurem minha mão.
Mas não houve nenhum toque de mão e nada de belo que Pazunis pôde proporcionar. Lua fechou os olhos com muita força e se agarrou ao próprio corpo. Algo a segurou com força brusca. Doiam muito seus braços com o aperto exagerado. Criou coragem e abriu os olhos.
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Pazunis
FantasyLua Casey vivia mais um dia em sua pequena torre. Seu " conto de fadas " poderia ser comparado a Rapunzel: Presa e sozinha . A única diferença é que a Rapunzel não precisava sair da sua torre direto para um palco todas as noites, onde todos a sua v...