Capítulo 4 - O Crescimento

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Anos se passavam e Donatto só se apegava mais a pequena Lua. Era um misto de adoração e obsessão, tudo numa proporção exagerada. Ela era uma criança de luz. Sua primeira risada fez flores nascer no jardim da Mansão. Seus primeiros passinhos ouviram-se pássaros a cantar. E isso não era comum por lá. A Mansão tinha luxo, mas nunca harmonia e encanto como agora.

As mulheres da casa nem em sonho podiam chegar perto da criança. Donatto tinha convicção que Lua era muito pura para se misturar com meretrizes. Mas haviam exceções. Ama, a cozinheira e Tyny, uma moça esquisitinha que vivia sempre por lá, sempre mascarada. Ela cuidava das roupas das mulheres e maquiagem. Só elas duas tinham permissão a entrar no quarto de Lua. Uma cuidava do seu alimento e a outra de sua higienização por completo.

Lua tinha todos os motivos para ser triste, ela não tinha seus pais, não podia sair do seu quarto, não tinha brinquedos, não tinha TV para distrair com desenhos. Não tinha nada. Mas mesmo assim vivia dançando e sorrindo. Ela parecia ver anjos ou pontinhos de Luz que a contemplava com belas figuras ou melodias.



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