Pazunis

Capitulo 58

Passei minha vida inteira aceitando um pouco de tudo, e por aceitar um pouco de tudo, acabei não tendo nada completo. - Donatto pensou silenciosamente enquanto chegava ao palacio.

O percurso de volta foi bem mais tranquilo tendo Henninhg como seu apoio e escudo, porém a vista de Pazunis estava duplamente destruida. Realmente o tempo é inimigo da perfeição, mais um pouco e de um paraíso se verá o nada.

- Não pense muito Donatto, pensar demais pode confundir aquilo que você já sabe.

- Não se preocupe guerreiro, eu só estou triste, nunca pensei que estaria um dia nessa situação.

- Eu sei ! Mais se te ameniza, ninguém jamais esta preparado para momentos dificeis. A gente apenas cai e levanta. E nunca, jamais deixa de sonhar! Isso vale principalmente para você. Mantenha seu sonho vivo. Sonhar ainda é a forma como os fortes sobrevivem.

De coração ele queria ter esse otimismo do guerreiro, era louvável que alguém depois de uma morte tão brutal e covarde como a dele, ainda tivesse essa calmaria e pulso firme a incentivar alguém.

Henninhg pareceu ler sua mente e como um verdadeiro pai faria, ele segurou seu ombro junto o dele, lado a lado num ato protetor. - Você vai conseguir ! Eu acredito em você.

Donatto sorriu. Sabe aquele sorriso que você devolve a alguém numa retribuição de gratidão e alivio por ter ao seu lado. Foi um desses !

- Jessica ! - lembrou-se dela nervoso - tenho que ajuda-lá. Calma Donatto, ela ficara bem. Eu lhe asseguro.

Juntos pararam frente a enorme porta. Ambos olharam de cima a baixo, como se tivessem combinado, soltaram um suspiro mutuo. 

- Está pronto ? - Agora Donatto perguntava, sabendo que não seria nada facil para Henninhg também, ficar cara a cara com seu assassino.

Henninhg retribuio aquele sorriso grato pela preocupação. - Estamos! Juntos vamos vencer.

Entraram lado a lado como se estivessem blindados, caminhavam confiantes dentro ao enorme castelo passando por cada um que ali esperava um milagre.
Enquanto Donatto passou um olhar 360 por toda a sala, um a um, Henninhg paralisou o seu em Amalia.

Mesmo depois de tantos anos, aos seus olhos ainda era a mais bela das mulheres. Seus olhos encheram de lagrimas, aproximou-se tão perto dela, tão perto, meu Deus como ele queria abraça-la e nunca mais largar.
Donatto não quis deixa-lo sozinho nesse momento, sabia quanto era doloroso não poder tocar e estar com quem se ama.

Todos estavam em posição defensiva a espera que Donatto se manifestasse.

- Henninhg, me orienta, como falo a todos ? - Don pediu quase em um sussurro. - Ele estava tão concentrado em Amalia, era tão bonito de se ver, que mesmo se você não soubesse o que era Amor, saberia de imediato, só de olha-los.

- Ela não consegue me ver - Falou tristemente o guerreiro.

- Eu sinto muito. 

- Eu já deveria imaginar, mais por um momento eu achei que me permitissem isso. Eu quis muito, eu quero. - ele estava arrasado. - Don, o meu amor por Amalia nunca irá se apagar, não importa se neste mundo ou em qualquer outro lugar. Mais nem todo esse amor que esta me sufocando aqui dentro - ele batia em seu peito com tanta dor - mal consigo respirar e ainda assim não é suficiente para te-la comigo. Você sabe como isso doi ?

E o pior que Donatto podia não sentir agora com precissão, mais sabia que logo compartilharia desse sentimento.

- Vamos henninhg, o tempo esta acabando.

- Ele assentiu sem desviar o olhar de Amalia.

Donatto se concentrou ao meio do enorme salão, onde todos o olhavam.