A manhã mais linda, sol radiante e flores da primavera por toda estrada. Assim foi a vista de Lua ao receber alta hospitalar. Ainda no carro, olhando pela janela, ela parecia encantada. As vezes olhava de canto para Donatto no volante, vezes ou outra os olhares se encontravam e ambos sorriam baixinho.
Ao chegar na mansão Lua sentiu um arrepio, mas mesmo assim ergueu a cabeça e disse pra si mesma, calma, você sofreu um acidente mas já passou, hora de superar.
Donatto pareceu notar tal receio, então entrelaçou sua mão na dela e falou sorrindo...
- Estou aqui meu querubim, nada de ruim vai lhe acontecer. Eu prometo!
Ela sorriu e fez uma reverência com a cabeça.
Na entrada principal estava AMA feliz da vida com a chegada de sua menina ( como a chamava ).
Correu e abraçou - a com todo afeto sincero. Passou a mão pelo rosto de Lua, a beijou e falou eufórica.- Minha menina que felicidade em te vê assim tão bem. Obrigado meu Deus por esse milagre. - AMA estava muito emocionada.
Lua recebeu e retribuiu todo o carinho da senhora, porém não lembrava dela.
- Obrigada senhora por tanto carinho, me sinto realmente confortável com vocês.
AMA olhou para Donatto sem entender.
- Vamos entrar Lua. Você não pode se esforçar tanto, recebeu alta hoje, nada de fortes emoções.
Donatto simplesmente ignorou o olhar de AMA pedindo uma explicação e entrou levando Lua para seu quarto.
AMA o seguiu mas ele a parou no caminho.
- AMA essa aqui é a Senhorita Ana - Apontou para a enfermeira que veio para observar Lua - Instale ela num dos quartos mais confortáveis. Preciso conversar com Lua e em seguida falaremos com mais calma.
A senhora sorriu bondosa para a enfermeira e sem reclamar seguiu as ordens do seu patrão.
Subindo vários degraus para enfim chegar no alto da torre. Donatto levava Lua a seu quarto, ele parecia um adolescente, estava nervoso.
Aos dois meses que Lua esteve no coma Donatto resolveu mudar certos costumes, regras e decoração de alguns cômodos da casa e o principal foi o quarto de Lua. Ele queria que ela ficasse fascinada. O quarto ficou simplesmente magnífico, digno de uma Princesa. Todo em cor rosa salmon e detalhes branco. Manteve sua escrivaninha, e redecorou todo o resto com coisas que sempre a privou mas sabia que ela amava. Colocou uma pequena estante e trouxe alguns livros do sótão, os mais belos e pos em sua nova estante para que ela pudesse lê e se distrair como sempre quis. De verdade ele queria fazê - lá feliz, mas ele não sabia o que essa palavra significava, então estava com medo do seu próprio eu.- Espero que goste, mudei algumas coisas. Poucas na verdade, mas a maioria você já tinha me pedido um tempo, então feche os olhos.
Lua parecia uma criança boba. Fechou os olhos sorrindo.
Donatto abriu a porta e viu uma das mais belas imagens. Ele viu Lua abrir os olhos e eles brilharem como estrelas no céu. Ela caminhou por todo o quarto, passou a mão em alguns objetos e por fim veio correndo e o abraçou.
- Obrigado, está tudo perfeito. Eu amei !
Donatto suspirou aliviado por palavras tão sinceras e por um abraço de verdade, sem ter que usar a força ou chantagens. Ele amava está ali entrelaçado nela. Afastou o rosto do ombro dela e a encarou, devagarinho foi se aproximando do seu lábio. Ela se afastou envergonhada.
- Desculpe, sei que você é meu marido, mas é que... Hum... - Não me lembro de nada, não lembro de nós.
Abaixou o cenho nervosa, mas ele com toda ternura nunca vista antes ergueu sua cabeça segurando no queixo dela com o dedo indicador.
- Não precisa se desculpar, eu entendo claramente e jamais quero te forçar a nada. Por isso mudei algumas coisas no nosso quarto, por enquanto eu vou dormir em outro quarto e então quando você estiver mais calma nós voltamos a nosso ninho de amor certo. Sem pressa, eu espero, por você meu querubim eu faço tudo.
Ela sorriu encantada por cada palavra dita e o beijou a face com ternura.
- Obrigado mesmo ! Eis um homem admirável.
Ele adorou aquele elogio.
- Bom agora vou deixa - lá descançar, preciso vê o que a enfermeira precisa para cuidar bem do meu Anjo. - Alisou sua face e saiu.
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Pazunis
FantasyLua Casey vivia mais um dia em sua pequena torre. Seu " conto de fadas " poderia ser comparado a Rapunzel: Presa e sozinha . A única diferença é que a Rapunzel não precisava sair da sua torre direto para um palco todas as noites, onde todos a sua v...