Pazunis

Capitulo 35

Henninhg deixou seu manto negro de lado e tentou ser o mais transparente possível para Lua.

Lá estava ele com sua armadura de Guerreiro, seu rosto másculo e seu olhar vago. Por muitos anos ele lutou em guerras, defendeu o rei e reino inteiro de Pazunis com sua força e sabedoria. Anos se passaram e atualmente essa é a maior guerra que ele está por enfrentar.
Ele não poderá lutar fisicamente, executar, assumir o controle, ser um lider como sempre foi. Não é atoa que sempre foi o braço direito do Rei Aron.
Hoje a sua difícil e fundamental tarefa e fazer Lua salvar Pazunis.

Lua aproximou-se dele vagarosamente, enxugando suas lagrimas com as costas da mão.

- Você sabe o que está acontecendo comigo?  Para onde Tiziano foi levado? Eu preciso de respostas, eu não sei nada da vida, do mundo e estou enlouquecendo. Por favor me ajude!

Henninhg tomou fôlego e indagou:

- Srta Casey - ela o interrompeu - por favor, somente Lua. Me chame de Lua!
Ele assentiu cordialmente e prosseguio.

- Então. Lua! Eu não sei como começar explicar tal coisa a senhorita. Pazunis tem uma história muito intensa e no momento, enigmática. Eu não sei ate que ponto vão me permitir falar, já tem um bom tempo que todos nós seres desse lugar, não temos noção ou controle de fala ou presença. Se algo foge do que o seu Destino reservou, o ser que está com você é afastado imediatamente por alguma forma.

Eu estou a muito tempo esperando por você, encontrar você.
Eu poderia agora lhe dizer o por que está em uma divisão entre dois mundos. Mas ainda não posso, não sem antes você mesma vê o que aconteceu a muitos anos atrás, bem antes do seu nascimento.

Lua o olhava atenta, amendrontada e mesmo prestando bastante atenção em cada palavra que ele lançava, ela não conseguia entender, não fazia sentido.

- Senhor?  Como é mesmo seu nome?

- Henninhg!  Pode me chamar de Hen.

- Hen... Então, desculpe-me, mas o que você falou, eu não entendo, seja mais direto, pode falar, eu to preparada.

Ele fixou seu olhar nela e falou firme

- Você não está preparada para o que está por descobrir, e ainda sim, terá que estar. Eu não tenho como ser mais claro, mesmo que eu quisesse, eu não posso, as palavras não saem. Você sabe o quanto isso é difícil para mim?  Eu sou um Guerreiro. Sou o homem que não poupa a verdade, que busca a ordem e justiça. Saber o que eu sei e não poder lhe dizer o que fazer é cruel demais.
Lua me escute bem, preste bastante atenção.
Eu só terei permissão de lhe dizer quem você é e porque está em constante mudança de mundos, quando você vê o que se passou em Pazunis a alguns anos.

Hen pegou a mão de Lua trazendo ela mais proximo e a fez olhar no alto das árvores, depois do muro do labirinto, de longe podiasse vê o Reino do Rei Aron. Um castelo imenso!

- Está vendo o Castelo? - ela assentiu.
- Você tem que ir ate lá e entrar nele.

Ela apertou sua mão nervosa, olhou para ele pedindo companhia nessa jornada. Estava com medo, tudo estava sombrio e ela não queria ir ate o alto sozinha.

- Por favor não me peça para ir lá sozinha, eu não consigo.

Como isso era torturante para Hen. Um Bravo Guerreiro jamais deixaria uma dama sozinha e amedrontada. Ele seguiria com ela, defendendo e mantendo segura de qualquer coisa.
Mais ele não conseguia.
Não por falta de vontade ou coragem, mais por forças sobrenaturais onde ninguém mais tinha controle. Tudo estava revolto e inconstante.

Ele segurou sua mão com mais força mostrando segurança e concluio.

- Eu não posso ir, mais você pode e vai. Veja onde você está, o quanto você já explorou desse lugar. Só você tem permissão de andar por onde queira, a anos o castelo esta fechado e so você pode entrar la. Quer mesmo saber de tudo?  Então respire fundo e vá. Os poucos seres daqui que ainda lutam por viver, estão acreditando em você.
Eis a última esperança deles.

Lua deu dois passos lentos a frente e parou perguntando:

- Ao chegar no Castelo! O que devo procurar lá dentro?

Lua olhou para trás buscando a resposta de Henninhg e a única coisa que viu foi a escuridão e o vento frio bater no seu rosto.