Capitulo 43

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Seria inenarrável descrever tais segundos em que Lua era direcionada a um novo túnel do tempo. Era algo intenso e pesado demais para uma pessoa que mal conhecia da vida.
Lua fechou os olhos, suspirou e os abriu novamente para agradecer a Rainha.
Sua primeira imagem foi Yuri confundindo ainda mais a mente de Ester.

- Veja bem Rainha!  Não podemos permitir que Amália dê a luz aqui. Não sabemos realmente de quem é esse filho. Sendo do Rei Aron, em que posição a senhora fica? 

- Yuri me deixe sozinha por favor.

- Um bastardo podendo ocupar o trono, filho de uma qualquer. O que todos vão falar?  A rainha estéril e tola que...

- Não se atreva a concluir tais palavras Yuri. Eu nunca te dei direito a impor os meus deveres.
Chega! Eu estou exausta de todos falarem e agirem como bem querem, enquanto a mim, tenho que me diminuir e aceitar tudo. Não, hoje isso acabou. Eu vou fazer o que acho conveniente. Não sou tola como pensam. Agora saia daqui!

Ele aproximou-se dela e acariciou sua face.

- Minha Rainha, eu só quero seu bem estar. Eis graciosa demais para tanta humilhação. Merece amor, ser amada, deixe-me cuidar de ti.

Ester lhe acertou a face numa bofetada firme.

- Saia dos meus aposentos. E nunca mais se atreva colocar suas mãos em mim. Não esqueça sua ocupação aqui.

Yuri saiu soltando fogo pelas fuças. Perdeu o controle uma vez, e agora não estava disposto a perder novamente. Precisava aniquilar o Rei, precisava de Amália e seu monstrinho longe do palácio, para que enfim ele pudesse fragilizar a rainha boba e torna-se Rei podendo comandar tudo e a todos.

O Rei Aron cada dia estava mais disperso. Pequenas doses diária de veneno era colocado em seu chá pela manhã. Yuri não iria mata-lo rapidamente. Ele era esperto, não queria que tal morte fosse ligada ao meio que usou com Henninhg. Assim seu novo triunfo era uma dose por dia de descontrole mental. O Rei iria perdendo seu raciocínio e força, seria aos poucos julgado como louco e por fim tiraria a propria vida. Esse era o plano.
Com a Rainha seu veneno era o de empedir que não se tornasse mãe.
Uma mulher que sonha ser mãe e não consegue, esta destinada a se sentir vazia e por fim frustrada. No fim vai se âncorar em Yuri que seria o único destemido. Sendo então coroado novo marido e Rei. Tudo estava em sua mente diabólica e só de lembrar seu sorriso aparecia fácil.
Lua o olhava balançando a cabeça.
- Como pode existir um ser assim?!  Chega ser inacreditável.

De repente duas criadas muito eufóricas bateram a porta do quarto da Rainha.

Lua acompanhava tudo.

- Sim, o que querem?

As duas rapidamente ajoelharam-se em súplica a rainha, o choro era realmente um pedido de compaixão.

- Senhora por favor tenha piedade.
Amália esta com contrações, o bebê esta a caminho. Poupe a vida dele, tenha misericórdia, é um inocente,  não tem culpa de nada.

A rainha muito confusa fez ordem para que ambas ficassem de pé.

- Não estou entendendo!

- Senhora o bebê vai nascer. O Sr Yuri esta no calabouço com ordens direta que o bebê deve ser lançado ao mar após o nascimento.

Uma das criadas jogou-se ao pés da rainha.

- Senhora por favor. Amália não é uma pessoa mal, mais mesmo assim peço-te em nome do filho, de um Bebezinho. Não permita sua morte brutal.

- Mais do que vocês estão falando?  Eu não autorizei nada. E tenho certeza que o Rei Aron também não. No que se diz respeito a Amália, eu estou no comando.

PazunisOnde histórias criam vida. Descubra agora