Pazunis

Capítulo 31

Ana era a Enfermeira mais recomendada e eficiente de todo o hospital, apesar de pouca idade, sua capacidade era imensa. Uma mulata linda e de nobre coração.

- Então Dona AMA a senhora trabalha aqui a muito tempo ?

- Sim, a tanto tempo que até já perdi as contas dos anos. Eu trabalho aqui desde o antigo dono, depois ele vendeu a Mansão ao senhor Donatto que me permaneceu no emprego.

- E como é ele como chefe ? Pergunto porque acho ele muito fechado, só o vejo sorrir quando a senhora Lua estar presente.

- Senhorita ! - AMA falou resmungando.

- Como disse ? - A enfermeira pareceu não compreender.

- Nada... Então esse aqui será seu quarto. Ele é amplo, claro e fica próximo do quarto da menina. É só seguir essas escadas e você sai em frente ao dela. O do patrão fica ao Lado do seu.

O quarto era muito chick e confortável, com cortinas brancas e jogos de camas dourados. Muito sofisticado.

- Dona AMA só mais uma coisinha ! Curiosidade na verdade.

- Pode perguntar... AMA não gostava muito de responder coisas a estranhos, mas ela agora seria a enfermeira da menina então nada mais justo que se integrar com a Mansão e seus fatos .

- Empregados da casa, é só a senhora ?

Ao terminar a frase Donatto entrou no quarto a deixando ruborizada.

- AMA não é uma empregada, é parte da minha família, só está nesse cargo ainda porque cozinhar é o que ela idolatra fazer, portanto não quero que a chame assim.

- Desculpe senhor - Ana estava muito envergonhada, mal chegou e já estava em maus lençóis com o dono da casa.

- Tudo bem, você não sabia. Mas então vamos acertar as coisas. AMA pode sair, se quiser pode ir vê Lua.

A senhora agradeceu sorrindo e deixou o quarto.

- Ana né ?! - Ela assentiu - Sente-se !
Bom vamos deixar as coisas claras, você está aqui para cuidar e avaliar a saúde de minha esposa. Nada nessa casa lhe importará mais do que ela. Você será muito bem paga e servida com todas as suas necessidades, terá folga nos finais de semana e só. Não quero você xeretando coisas que não são do seu assunto. Empregados da casa só temos o jardineiro que você não precisa ter contato e TYNY que é minha faz tudo praticamente, depois AMA apresenta vocês. Pelo dia você pode andar pela mansão a vontade, mas a noite está proibida.

Donatto a pegou pelos braços e saiu guiando até uma porta, a mesma que dava a sala de apresentações das mulheres da casa. Ele não abriu a porta, só apontou.

- Essa porta você não tem permissão para entrar. Nunca ! Se precisar falar comigo em particular para queixas ou pedir alguma medicação para Lua você me bipa nesse número. - Ele lhe entregou um aparelho. - Alguma dúvida ?

- Não senhor - na verdade ela tinha mil perguntas mas resolveu se calar por enquanto.

- Antes que pergunte eu e a senhora Lua vamos dormir em quartos separados para não forçar sua recuperação. Até logo !

Ele saiu a deixando no quarto. Ela se jogou na ampla e confortável cama imaginando o que haveria por trás daquela porta. Ela também não podia deixar de suspirar. Por anos nunca seu coração bateu tão forte na presença de um homem, mas esse era um homem proibido. Além de nem nota -lá, era um homem casado e que ama sua esposa. Ana estava fascinada por Donatto, mas nunca foi uma mulher inescrupulosa. Jamais entraria num triângulo amoroso, estava certa que sua missão era cuidar de Lua e depois ir embora. Agora só faltava fazer seu coração entender isso.