Capitulo 41

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Lua estava em choque, mal conseguia acreditar no que lhe foi revelado.
Fechou os olhos firmemente e desejou de todo coração voltar ao seu quarto. Queria ficar cara a cara com Ama, lhe abraçar forte e poder entender todo esse quebra cabeça, mas ao abrir os olhos, ainda estava ali, naquele quarto frio e triste. Focou em Amália e constatou que na verdade ela nunca tinha lhe visto, seu pequeno sorriso foi para o desenho jogado ao chão feito por Henninhg.

- Chega! Amália se pôs de pé, ainda meia cambaleando. Enxugou as lagrimas com as costas das mãos e seguio ao banheiro, caminhando trêmula com sangue escorrendo as pernas.

- Não vou permitir que aquele monstro destrua mais pessoas.

Banhou-se passando uma esponja no corpo como se quisera arrancar todo toque de malícia lhe ofertado. Estava enojada e humilhada. Porém sua determinação era aplausiva demais.

- Muito bem Amália, você já chorou o suficiente e infelizmente isso não trará sua honra e pureza de volta, mas agora chega. Uma coisa pode ser feita. Desmascarar Yuri. ( falou para si mesma ).

Lua sorriu feliz ao vê o quanto Amália era destemida, que orgulho dessa mulher.
Depois de tudo que passou, como conseguia tirar tanta força?!
Será assim Amar Incondicionalmente?

Amália se aprontou, respirou fundo e então começou a esmurrar a porta do quarto.

- Abram a porta, eu exijo falar com o Rei.

Continuou a bater e esbravejar repetidamente ate que a porta foi aberta.
Dois guardas acompanharam Amália até a presença do Rei. O mesmo estava a sala de reunião juntamente com Yuri.
Amália nem esperou ser anunciada, abriu a porta, cabeça erguida, olhou diretamente para o Rei.

- Senhor, peço permissão para falar.

Ambos olharam perplexo para ela. Ousada e determinada, isso fascinava yuri, mais para o Rei, era desrespeito.

- Como ousa entrar na sala de reunião sem ser anunciada Amália?

- Desculpe-me o atrevimento senhor, mas eu que pergunto, como ousa tal Rei que sempre se julgou ser justo e coerente a todos de Pazunis e hoje ter sido tão falho e injusto com Henninhg?  Como o senhor pôde se deixar manipular por esse verme ai? Jogando no subsolo aquele que sempre o nomeou como seu amigo?  Como esta aqui a beber vinho com Yuri,  quando seu verdadeiro amigo foi golpeado injustamente e seu grande inimigo estar a brindar em sua cara?

- Perdeu o juízo menina? O Rei estava pasmo.

Amália aproximou-se da mesa de reunião e continuou.
- Nunca estive tão bem do juízo como agora.

- Senhor perdoe esse descontrole emocional da Amália, leve em conta o trauma causado, ter sua virgindade arrancada com tal brutalidade, pode abalar seriamente. Mulheres são frágeis.

Amália deu um leve sorriso para Yuri, pegou a taça de vinho e jogou todo líquido em sua cara.

- Não existe essa de mulher frágil!
Frágil são coisas quebradiças, delicadas, feitas para serem colocadas em pedestais e nunca tocadas. São aqueles objetos em que precisa colocar aviso: Quebrou, pagou!
As mulheres não!
Há uma força brutal nas mulheres. Uma força que dispensa músculos e testosterona. Uma força que não mede tamanho e nem doçura. Uma força tão grande e admirável que deveria vim com um aviso aos desavisados:
" Cuidado: Faz até gente! "

E lhe lançou uma bofetada segura.

- Isso garota! - Lua estava impressionada com a coragem de Amália, nunca pensou que aquela senhorinha guardava em si tanta astúcia.

- Amália!  O Rei se alterou. - Eu te desconheço. Yuri te defendeu e você o trata como o culpado?! Querem me explicar o que esta acontecendo!?

Yuri calmamente pegou um lenço e enxugou o vinho derramado em sua face.

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