Capitulo 40

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Por longos anos Yuri tentou influênciar o Rei. Em decisões, atitudes, leis e principalmente caráter. Falhou em todas elas!  Ele o ouvia com respeito por considerá-lo amigo e pelo grande trabalho fiel ao reino com seus feitiços. Porém não levava adiante tais conselhos. O Rei era um homem corajoso e honrado, tinha guerreiro, exércitos e feiticeiro a seu favor por vontade própria deles. E ainda sim o Rei fazia questão de esta com eles em quaisquer eventualidade difícil que pudesse surgir, lado a lado. Só tinha uma coisa que o Rei temia: Humanos, Mortais. Sempre ouviu a lenda que humanos apesar de não possuírem poderes sobrenaturais. Eles tinham recursos de variados tipos que poderia desestruturar qualquer ser, como inveja, amor, vingança, desejo, ganância e o mais poderoso, a fé. Enumeros tipos, um humano determinado a usar algum desses recursos, para ele era assustador, já que em Pazunis todos lidavam bem com o amor, alegria e no quesito perigo todos só tinham como arma feitiços severos de yuri e dons saudáveis sobrenaturais de moradores. Lutar com um humano que se apegava a coisas desconhecidas para ele, com certeza o fazia temer. A fé dele era nele, no seu feiticeiro e guerreiro, que com eles ao seu lado, ninguém jamais derrubaria seu legado.
O Rei era muito dividido entre Yuri e Henninhg. Para ele, ambos se completavam para Pazunis esta em segurança. Yuri tinha o dom de manter fechado o portal onde qualquer humano pudesse tentar atravessar. E Henninhg tinha o dom da força, coragem, era um grande guerreiro. Por algumas vezes criaturas bizarras tentaram invadir o reino para fixar moradia, mas usavam euforia e não sabiam seguir regras. Só Henninhg tinha postura para lidar com eles. Yuri sabe criar e lançar feitiços, mas Henninhg quem bota a mão na massa literalmente. Então o Rei nunca pode realmente definir qual deles tinha maior importância.
Mais essa noite tudo mudou!

Todo o Reino foi despertado pelo grito de Amália e a tragédia em seu quarto.
A Rainha com seu hobbie por cima da camisola e o Rei com seu pijama muito sofisticado se encontraram no corredor e juntos seguiram os gritos.

- O barulho vem do quarto de Amália - A rainha comentou.

Seguiram juntos, a porta escancarada, entraram sem pensar e se depararam com a cena horrível.

Henninhg agonizando no chão,
Amália seminua gritando desesperadamente e Yuri a segurando pela cintura.
Lua soluçava apoiando a cabeça de Henninhg em seu colo.
Mesmo tendo tão pouco tempo com ele, sem o conhecer bem, ela sentia seu nobre coração. E assistir o golpe baixo que lhe foi causado, estava sendo muito difícil.

- O que está acontecendo aqui?  - disse o Rei em voz alta e muito espantado.

A Rainha pôs as mãos na boca abalada.

Amália gritava sem parar...
- Me solta, me larga!

Yuri numa postura sinica, frio e calculista, falou calmo.

- Desculpe senhor, não tive como evitar tal fatalidade, lamentavelmente eu tive que ferir o Henninhg! Não tive escolha, ele estava a violentar Amalia. Ouvi seus gritos e quando cheguei ele ja havia consumado o ato repugnante. Tirei ele de cima dela e lutamos, apesar dele ter mais experiencia com espadas eu acho que tive mais sorte dessa vez, ou ate mesmo raiva por vê um cavarde fazer isso a uma dama. Então quando a espada caiu ao meu lado, eu não pensei duas vezes. Lancei-lhe a espada em seu peito.

Lua gritou chorando - É mentira!

Mas sua voz era um nada ali.

O Rei estava chocado com a cena e revelação dita. Mal conseguia raciocinar.
A Rainha saiu de trás do rei e pegou um lençol para cobrir Amália. Mais foi impedida.

- Ester volte para o seu quarto! Disse o rei muito sério.

- Sim meu querido, eu só vou levar Amália comigo.

Ele falou quase gritando....

- Eu disse, vá para o seu quarto.

- Sim meu senhor marido.
A rainha abaixou o cenho e saiu arrasada.

- Guardas!!!  O rei gritou e logo alguns homens entraram no quarto.
- Tirem Henninhg daqui e levem para o subsolo.
Yuri solte a jovem e me acompanhe.

Henninhg foi retirado, yuri saiu também e o rei por último, lançou olhar para Amália no chão, sem forças, chorando muito.

- Você! Tome um banho e depois verei sua situação. E saiu trancando a porta por fora.

Lua, ali naquele quarto que antes se fez presente a mais bela jura de amor, agora estava frio e sufocante. Desde seu nascimento ate agora em atingir maior idade, constatou ter vivido todo amor e dor intensamente durante esses dias de idas e vindas a Pazunis, do que todos os anos na mansão.
Sentada ao chão, olhando suas mãos que tentaram segurar o ferimento de Henninhg em tentativa de estancar o sangue a indignava profundamente, pois estavam limpas. Lua odiava presenciar toda injustiça e não poder ajudar em nada.
Lançou o olhar para Amália, encolhida, sem som de voz, apenas um choro sofrido e calado. Suas lágrimas escorrendo em seu rosto delicado era de cortar o coração.
Nesse momento Lua só queria poder abraçar Amália. Leva-la a se banhar, cuidar, acalentar. Como não podia fazer nada, também não ia ficar ali assistindo toda essa dor. Levantou, enchugou suas lágrimas e pôs-se a sair.

- Hã!?  Como assim?

Como surpresa Lua constatou que também estava trancada.

- Haaa que maravilha! Começou a gritar - O que você quer de mim Pazunis?  Como eu posso ajudar vocês se não me permitem estar e tocar onde eu quero. Como entender vocês se me jogam de um lado para outro com meias verdades ?  Vamos me digam?

Silêncio total... Nada se revelava.

Olhou mais uma vez para Amália, aproximou-se e falou :

- Fique calma, quem te machucou fez uma dívida com a lei do retorno. Eu agora não posso fazer nada, mas eu te garanto, você não esta sozinha.

Amália enxugou uma lágrima que insistia em cair, olhou para Lua e sorriu.

Lua se assustou, caiu sentada e exclamou com exatidão.

- Ai meu Deus!
Eu te conheço. Você é a AMA! 
A minha AMA.

O passado e o presente agora, pela primeira vez, se revelava com nitidez a Lua.

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