Capítulo 59

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- Olá! Man.

Donatto abriu os olhos lentamente, zonzo, gemeu de dor e pos a mão na direção de seu rim onde podia sentir arder e seu sangue escorrer.
Seu rosto contraido em dor, visualizou em volta buscando respostas de onde foi parar. E na verdade nem sabia como conseguio sair fora daquele matadouro de almas perdidas.
Estava agora numa especie de plantações, amparado por uma grande cerca de madeiras.

- Moço você esta sangrando ! precisa de um hospital.

Sentado ao chão e ferido, ele levantou as vistas e viu uma moça com vestes bem indecentes, de bota cano longo, maquilagem e modiscando uma uva.

Ela fez menção de pegar algo numa bolsa mas ele segurou seu punho.

- Onde estou ?

Ela o olhou confusa.

- É um turista ?

- Como disse ?

Ela puxou seu braço de volta e ele gemeu de dor.

Ela pegou um lenço na bolsa e colocou sob o ferimento segurando.

- Você claramente precisa de um médico, isso esta pessimo.

- Como se chama esse lugar ? - ele indagou fraco.

- Estamos no interior moço,  Vinhedo, sendo mais especifica.

Donatto começou tossir buscando ar.

- O rei deste lugar permite uma palavra? Preciso de moradia.

- Rei ? Ela riu debochando.

- Ou você esta tirando sarro da minha cara ou com certeza esta delirando. - Tirando o celular da bolsa para acender a lanterna e ver melhor o ferimento ela prosseguio falando - não sei de que mundo você veio moço, mas esse aqui é uma mundo sem lei, quem tem dinheiro compra e manda em tudo. Tudo tem seu preço, só molhar a mão se é que me entende.

Ele não estava entendendo bem o que significava as palavras embaralhadas dela em seu ouvido, mas puxou uma sacola que antes de sua travessia ao espelho, ele juntou dentro alguns itens valiosos em ouro e diamantes.

- Olha moço isso aqui esta muito feio, eu não sou enfermeira e nem tão pouco quero me tornar testemunha de algum atentado. Se não quer minha ajuda para chamar uma ambulância, eu vou embora. Preciso aproveitar o restinho da noite que resta de turistas na cidade para faturar e isso aqui meu bem - ela apontou para o corpo belo - não vai durar a vida toda.

Ele abriu a bolsa e os olhos dela brilharam tanto quanto o ouro na bolsa.

- Esse ferimento não pode ser curado por qualquer pessoa. Eu vou dar um jeito, só preciso que me ajude a encontrar uma moradia.

Ela sorriu, abaixou-se pertinho dele alisando sua face para envolve-lo em distração e rouba-lo.
Devagarinho foi deslizando sua mão para a bolsa.

Donatto sorriu de volta, um sorriso forçado em dor. Antes que ela pusesse as mãos na bolsa ele segurou.

- Não faça isso senhorita. Vai manchar sua integridade por tão pouco ? Você parou para me ajudar, eis boa, não faça nada ruim por ganância, eu sei o que digo, no final, não vale a pena.

Ela afastou a mão e ficou de pé com as mãos na cintura.

- Hooo pitelzinho, se não notou, minha reputação já foi para o beleléu a muito tempo.

- Vou recompensa-la muito bem, só me leva para um lugar reservado.

- Ok, um motel.

- Não sei que lugar é este, mas ninguém pode me ver, pelo menos por enquanto, ate eu me situar.

PazunisOnde histórias criam vida. Descubra agora