Capítulo 04: Primeiro Dia De Aula

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As coisas não estavam muito bem na manhã seguinte

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As coisas não estavam muito bem na manhã seguinte. Percebi isso quando Lucia, a cozinheira, me contou que o Damon se trancou com o Bruno no escritório.

Eles já estavam lá há vários minutos.

- Você sabe o que rolou? - perguntei, depois de sentar na mesa.

A casa estava uma bagunça, mas pela expressão da Lúcia, aquilo não era algo novo.

- A Polícia apareceu aqui ontem e o Sr. Renault teve que voltar de uma reunião para resolver as coisas. - contou.

- Polícia? - perguntei, fingindo surpresa.

Ela franziu o cenho.

- Você não ouviu nada? Foi uma bagunça.

Suspirei, parecendo cansada.

- Além de dormir cedo, não costumo acordar tão fácil. - mentiras, e mais mentiras.

Eu não estava arrependida e faria tudo de novo. Tudo isso é culpa do Bruno.

Depois de tomar café, levantei tentando ajeitar meu uniforme. Hoje era meu primeiro dia de aula e eu estava até ansiosa.

- Eu preciso do endereço para chegar até o colégio. - falei, para Lucia.

Minha mãe entrou na cozinha nesse momento, e pelo seu rosto, não parecia muito alegre.

- O motorista vai te levar. - contou, e sentou para tomar café. - Sabe o que aconteceu aqui ontem, Helena?

Dei de ombros.

- Não muito. Lúcia estava me contando algumas coisas.

- Tenta se comportar no seu primeiro dia. Não quero receber nenhuma ligação do diretor me pedindo para ir até o colégio.

- Credo, mas que falta de confiança.

Deixei as duas na cozinha e fui em direção às escadas. Minha bolsa estava na minha cama e pelo horário, se eu não saisse agora, chegaria atrasada. Mas, antes de conseguir entrar no meu quarto, fui jogada contra a parede de forma tão rude que só percebi quem tinha feito aquilo segundos depois do impacto.

- Você se acha muito inteligente, né? - Bruno perguntou, e ele estava tão perto que eu conseguia sentir sua respiração no meu rosto.

Tentei empurrar seu peito, mas o idiota não saiu do lugar.

- O que pensa que está fazendo? - perguntei, desconfortável com sua proximidade.

- Vai pagar pelo que fez. - e não foi uma ameaça, mas um aviso.

- Não sei que merda você comeu, mas eu não fiz nada. - falei, e senti vontade de rir. - O que foi? Seu pai cortou sua mesada? Já sei... tirou seu carro?

Finalmente me soltando, me afastei dele para respirar de forma certa.

- Tudo bem, se quer fazer assim. - falou e ajeitou a gravata do seu uniforme. - Seja bem-vida, Helena. Que seu tempo aqui comigo sejam os melhores da sua vida.

Ele é o Filho Do Meu Padrasto // ConcluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora