As coisas não estavam muito bem na manhã seguinte. Percebi isso quando Lucia, a cozinheira, me contou que o Damon se trancou com o Bruno no escritório.
Eles já estavam lá há vários minutos.
- Você sabe o que rolou? - perguntei, depois de sentar na mesa.
A casa estava uma bagunça, mas pela expressão da Lúcia, aquilo não era algo novo.
- A Polícia apareceu aqui ontem e o Sr. Renault teve que voltar de uma reunião para resolver as coisas. - contou.
- Polícia? - perguntei, fingindo surpresa.
Ela franziu o cenho.
- Você não ouviu nada? Foi uma bagunça.
Suspirei, parecendo cansada.
- Além de dormir cedo, não costumo acordar tão fácil. - mentiras, e mais mentiras.
Eu não estava arrependida e faria tudo de novo. Tudo isso é culpa do Bruno.
Depois de tomar café, levantei tentando ajeitar meu uniforme. Hoje era meu primeiro dia de aula e eu estava até ansiosa.
- Eu preciso do endereço para chegar até o colégio. - falei, para Lucia.
Minha mãe entrou na cozinha nesse momento, e pelo seu rosto, não parecia muito alegre.
- O motorista vai te levar. - contou, e sentou para tomar café. - Sabe o que aconteceu aqui ontem, Helena?
Dei de ombros.
- Não muito. Lúcia estava me contando algumas coisas.
- Tenta se comportar no seu primeiro dia. Não quero receber nenhuma ligação do diretor me pedindo para ir até o colégio.
- Credo, mas que falta de confiança.
Deixei as duas na cozinha e fui em direção às escadas. Minha bolsa estava na minha cama e pelo horário, se eu não saisse agora, chegaria atrasada. Mas, antes de conseguir entrar no meu quarto, fui jogada contra a parede de forma tão rude que só percebi quem tinha feito aquilo segundos depois do impacto.
- Você se acha muito inteligente, né? - Bruno perguntou, e ele estava tão perto que eu conseguia sentir sua respiração no meu rosto.
Tentei empurrar seu peito, mas o idiota não saiu do lugar.
- O que pensa que está fazendo? - perguntei, desconfortável com sua proximidade.
- Vai pagar pelo que fez. - e não foi uma ameaça, mas um aviso.
- Não sei que merda você comeu, mas eu não fiz nada. - falei, e senti vontade de rir. - O que foi? Seu pai cortou sua mesada? Já sei... tirou seu carro?
Finalmente me soltando, me afastei dele para respirar de forma certa.
- Tudo bem, se quer fazer assim. - falou e ajeitou a gravata do seu uniforme. - Seja bem-vida, Helena. Que seu tempo aqui comigo sejam os melhores da sua vida.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...