No dia seguinte, eu estava na cozinha finalizando minha sopa quando meu celular apitou em cima do balcão. Limpei minhas mãos em um pano de prato e peguei meu aparelho.
"Tem uma festa pra sábado. Quer ir comigo?"
A ideia não me pareceu errada de primeiro momento, mas então, me dei conta que eu só conhecia ela de forma amigável naquela cidade, isso me desanimou.
"E se jogarem sangue de porco em mim?"
Brinquei, fazendo ela responder quase um minuto depois:
"Se você tiver usando um vestido vermelho vai entrar no tema"
Sorri, e deixei meu celular no balcão. Estava morrendo de fome e como sopa era algo fácil, resolvi arriscar.
Segurando uma colher de pau, mexi o líquido na panela fazendo minha barriga roncar.
- Então é isso que você faz o dia inteiro aqui? - uma voz fina perguntou da entrada da cozinha. - Achei que passasse todo o tempo trancada em seu quarto.
Olhei na direção do voz vendo a Fanny. Ela usava um vestido roxo e seus longos cabelos dançavam em suas costas.
- Eu até passo, mas hoje resolvi sair da zona de conforto. - respondi, sem saber como conversar com ela.
Era a primeira vez que ela se dirigia a minha pessoa, e eu não sabia suas intenções.
- Está gostando de morar aqui? - sorriu como se sua pergunta fosse idiota. - Claro que está, olha essa casa. Sempre me fascinou.
Olhando atrás dela, vi quando Bruno apareceu deixando o clima pesado. Ele passou direto pela Fanny e foi até a geladeira.
Continuei mexendo minha comida não querendo ser a primeira a falar.
- Você não avisou que vinha. - ele quebrou o silêncio e vi uma garrafa de água gelada em suas mãos.
- Hoje é dia de maratona de filmes. Achei que gostaria de relembrar os velhos tempo. - Fanny, exclamou esperançosa.
- Eu tenho que estudar. - disse, simplesmente.
Percebi quando ela pareceu ficar com raiva, mas continuou com seu sorriso. Quase vi sua verdadeira face.
Bruno se aproximou do fogão e sem pedir permissão, pegou uma colher e experimentou minha sopa.
- Pelo amor de Deus. - murmurou, e pegou novamente a garrafa de água de forma quase desesperada.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...