Depois de passar pela porta giratória da empresa que o Bruno trabalhava, eu caminhei em direção ao balcão. Notando minha presença, a recepcionista ergueu os olhos do computador e me encarou sem ânimo nenhum.
O combinado era o Bruno me encontrar no restaurante, mas como eu não estava fazendo nada em casa e ainda faltavam duas horas para ele sair daqui, eu resolvi que seria bom aparecer e fazer uma surpresa.
- Posso ajudar? - ela perguntou.
- Vim falar com o Bruno... Bruno Renault. - respondi, e cruzei os braços sentindo frio.
Eu usava uma jaqueta de couro e mesmo que lá fora estivesse calor, aqui dentro estava muito gelado. Culpo do ar condicionado.
- Desculpa, você é... - questionou, e pareceu digitar algo em seu computador.
- Helena Ferraz.
Ela terminou de digitar e me encarou de volta.
- Não encontrei nenhum horário marcada em seu nome para ver o Sr. Renault. - disse. - Não posso deixar a senhorita subir.
Sabendo que ela só estava fazendo seu trabalho, eu sorri o mais agradável possível.
- Eu sou a namorada dele. Avisa que estou aqui. Ele vai me deixar subir. - contei.
- Pode provar isso? - perguntou, me surpreendendo.
- Não entendi. - eu realmente não quis entender sua pergunta.
Até porque ela era completamente sem noção. Por que eu ia entrar aqui e fingir ser a namorada do Bruno?
- Só avisa, por favor, que eu estou aqui em baixo. - pedi, já perdendo a paciência.
- Infelizmente, não posso. Sr. Renault está em reunião e não gosta de ser incomodado.
Nesse momento, o elevador abriu e o Damon apareceu. Quando ele me viu perto do balcão, começou a andar na nossa direção.
- Helena. - ele exclamou, a três passos de distância. - Bruno não falou que você iria aparecer aqui.
- É meio que uma surpresa. - falei, e sorri mais uma vez para a recepcionista. - Mas essa adorável moça já estava me levando para ver ele. Não é?
- Claro... - disse, e quando fez menção de se levantar, Damon ergueu uma mão em uma ordem para ela continuar sentada.
- Não precisa, eu mesmo faço isso. Volte para o seu trabalho, Olívia. - ele exclamou. - Vamos?
Eu assenti e segui ele de volta para o elevador. Depois que subimos alguns andares, nós saímos do elevador e Damon me levou para uma sala. Lá, eu vi que tinha uma mesa vazia e uma cadeira coberta com plástico deixando evidente que era nova.
- Ele está em reunião, mas quando sair eu vou avisar que está aqui. - Damon, disse, ainda parado na porta.
Andei até a janela ficando maravilhada com a vista. Os prédios em volta eram bonitos, e eu podia jurar que estavamos quase no último andar.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Novela Juvenil(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...