Os primeiros dias na França não foram como eu imaginei. Ok, que a casa era linda e os vizinhos pareciam legais, mas, agora com o Bruno aqui, não tinha mais desculpas para ele não ir para a empresa. Ele trabalhava de manhã, e voltava tarde, bem depois do almoço.
Eu gostaria de arrumar um emprego também, mas teria que esperar o bebê nascer primeiro.
- Droga. - exclamei, depois de jogar a panela de arroz em baixo da torneira da pia tentando abafar o cheiro de queimado.
Aquela fogão era cheio de botões e eu não sabia muito bem como abaixar o fogo. Então, acabei queimando o arroz.
Eu gostava daquela cozinha, só não sabia usar metade das coisas que estavam lá.
Fechei a torneira quando ouvi a campainha tocar. No fundo, eu desejei que fosse a Jennifer, mas o Bruno contou que ela estava viajando. Eu ia gostar de rever ela, sentia falta das nossas conversas.
Sai da cozinha e andei até a sala, depois de arrumar meu cabelo tentando parecer mais apresentável, eu abri a porta me arrependendo um segundo depois.
O que ela fazia aqui?
- Não vai me convidar para entrar? - minha mãe perguntou, enquanto segurava uma caixa branca em suas mãos.
Ela estava chique como sempre. Seus cabelos presos em um perfeito coque, e seu vestido era azul combinando com seus brincos.
Era até estranho pensar que aquela mulher era a minha mãe.
Eramos tão diferentes.
- O que faz aqui? - perguntei, finalmente.
A presença dela me deixava nervosa e eu não queria mais me sentir assim.
Odiava essa sensação que ela me causava.- Me deixa entrar Helena, aí conversamos. - exclamou, impaciente. - É assim que trata sua mãe?
Isso fez meu sangue ferver.
- Você não tem agido como minha mãe ultimamente, então porque eu te trataria como uma? - exclamei.
Sabendo que discutir com ela na porta não ajudaria em nada, dei espaço e ela entrou.
Minha mãe olhou em volta da sala parecendo curiosa, e no final, sua expressão mostrava aprovação.
- É bonita. - murmurou. - Bruno tem bom gosto.
- Fala o que você quer. - eu disse, querendo acabar logo com aquilo.
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Ele é o Filho Do Meu Padrasto // Concluído
Teen Fiction(CONCLUÍDA) Livro Um "Não é que seja proibido... é porque é real" Até onde você iria pelas coisas que sente em seu coração? Teria coragem de arriscar tudo que tem, ou que vai ter, por algo que nem planejou sentir? Helena nunca imaginei mudar de país...